E ai meus brilhinhos, tudo bem? Hoje eu vim aqui falar sobre contos disponíveis gratuitamente pra quem assina Kindle Unlimited. Vira e mexe eu recebo no meu direct mensagens pedindo pra eu falar sobre contos, mas eu só falo sobre eles nos stories, quase nunca falo aqui ou no feed do instagram, então eu resolvi juntar os contos que eu li nos últimos tempos e fazer um post só! Ah, tudo aqui é LGBTQIA+ tá?!

Sutilmente - Nina Spim



Esse conto eu li faz um tempo, eu já acompanhava o blog da Nina e fiquei com vontade de ler algo dela.

Esse conto tem como pano de fundo a escola, onde duas meninas acabam por conhecer as cores do amor. É um conto muito delicado e a Nina tem uma sutileza e um cuidado muito bonitos, eu achei a coisa mais fofa do mundo e com toda certeza, me remeteu á um relacionamento passado, coisas boas <3 

Você já viu a chuva? - Dário Rabelo



O Dário me mandou essa primeira versão do conto porque eu tava enchendo a paciencia dele pra per algo dele.

Nesse conto, temos como fundo a ditadura, duas meninas, a filha do general e a faxineira da casa, já da pra ver tudo né?

Também devo dizer que fiquei bastante surpresa e feliz com o resultado do conto, super fluido e bem curtinho, coisa de 5 minutos você lê, tô ansiosa pra ver as alterações que vão ser feitas no conto, promete muito. Eu acho que pra ler é só falar com ele no instagram. <3

Escrito em Algum Lugar - Vitor Martins



Nunca tinha tido contato com a escrita do Vitor, mas não por falta de vontade, eu realmente não tive tempo mesmo.

Nesse conto, somos agraciados com a presença de dois adultos que estão na fila pra comprar o ingresso de um show de uma boy band e tipo, o fandom deles atualmente tem 17 anos, não mais que isso. 

Achei ele bem fofinho, bem delicado e com ótimas referências! De verdade, eu amei! tô ainda com mais vontade de ler os livros do Vítor <3 

Tempo ao tempo - Olivia Pilar



Aqui conhecemos a Carol e a Elisa, duas amigas desde sempre, mas que, quando adultas sentem que talvez tenha algo a mais ali.

Nunca tinha lido nada da Olivia e não foi por falta de recomendação, parece que ela tem um fandom enorme. Achei o conto a coisa mais fofinha do mundo, super bem escrito e com um final que me deixou de coração quentinho, fiquei muito curiosa pra ler mais coisas dela. 

Mesmo que eu vá embora - Lethycia Dias



Por ultimo, mas não menos importante, o conto da Lethycia que é uma pessoa que eu acompanho no Twitter faz um tempo e acabei dando com o instagram dela e vi ela fazendo uma divulgação pesada do conto, claro que eu ia ler né!

Aqui temos a história de duas meninas que são amigas há 4 anos e que se conheceram através de seus respectivos blogs. Camila  viaja pra cidade de Helena por conta de um evento acadêmico e a coisa rola naturalmente E É A COISA MAIS FOFA DO MUNDO MEU DEUS! Achei a escrita dela bem delicada e ela soube conduzir a história super bem, eu fiquei com um quentinho no meu coração, e achei bem legal a referencia da sapatão na rodoviaria (eu e minhas amigas temos uma brincadeira de que sapatão ama rodoviária porque só namora gente que tá longe, meu relacionamento com minha esposa foi assim hahahahah)

Bom, essas foram as minhas dicas de hoje, eu espero que vocês tenham gostado e me contem aqui nos comentários se você já leu algum, se ficou com vontade de ler, me recomenda outros contos que eu vou adorar fazer mais uma listinha aqui! 


Eu já conhecia o Fabricio, seguia ele no twitter e acompanho as divulgações dos livros dele, mas como eu não consigo (por motivos desconhecidos) ler no wattpad, acabo sempre deixando pra depois e esse depois nunca chega. Choremos.

Esses dias ele veio falar comigo no direct do instagram, e mesmo eu estando fechada a parcerias, aceitei a proposta dele porque sei que ele escreve muito bem e que o trabalho dele tem tudo a ver comigo e com a proposta daqui do Resenha de Unicórnio. Também já tinha esse livro no kindle, acabei baixando ele quando tava gratuito e tava na tbr fazia uma vida e meia, aproveitei a fome com a vontade de comer (socorro!).




Em A Inútil Capacidade de ser Normal (apelidado de AICDSN) conhecemos a história do João, um menino que tá no ensino médio e que sofre uma pressão da mãe pra ser normal. Exatamente. Ela quer que o filho saia de casa, tenha amigos, fique bêbado, que tenha aventuras, tudo que uma pessoa normal de 16 anos faria.

O João gosta de ler, de ficar no tumblr escrevendo no seu diário, de ouvir música e não tem muitos amigos, isso não é normal pra mãe dele. Então, a cada situação que ele vê ele fica pensando o que uma pessoa normal faria no lugar dele, e o mais engraçado é que ele só mete em furada…

Uma das coisas que mais me marcou no livro, foi quando ele viu uma das meninas populares da escola chorando na calçada e pensa “pessoas normais perguntariam o que ela tem” então ele pergunta brevemente o que tá rolando, acaba descobrindo que a menina levou um fora do namorado e depois, pior ainda, a menina se suicida e ele foi o último a falar com ela.

“Se uma coisa tão insignificante como uma placa muda, por que minha vida também não pode mudar?”

Eu já comecei o livro rindo e me identificando! Achei o João super parecido comigo, inclusive no signo pois somos librianos perfeitos! Eu já tive contato com a escrita dele na novela Encontre Joana, da coleção Todas as Letras do Arco - Íris que foi publicada pela Editora Resistência, então eu já fui preparada pra rir.

Eu gostei muito da capacidade que ele tem de falar de coisas importantes como Bullying, saúde mental, amizade, perdão, de uma forma engraçada e bem leve, às vezes você nem percebe que ele ta falando de uma coisa tão pesada pois realmente é muito engraçado. Isso é simplesmente sensacional!

O personagem que eu mais gostei foi o Pit e não, o nome dele não é esse, ele se chama Alexandre, mas a história é longa pra colocar aqui e eu também não quero dar spoiler. Ele foi um personagem que me cativou muito e ao longo da história ele ganhou muito meu coração!

E eu achei bem interessante essa reflexão sobre o que é ser normal, tanto que tem um quote do livro que me marcou muito, pois quase sempre eu me pego pensando em mim como uma pessoa “não normal” porque as pessoas que eu convivo não gostam das mesmas coisas que eu, as vezes nossas atitudes são diferentes, mas afinal, o que é uma pessoa normal?

O livro é super gostoso de ler, curtinho ao ponto de ler numa sentada só, trata de coisas importantes com humor, tem uma capa perfeita, tem representatividade no livro, é uma ótima dica pra qualquer idade e se você tá numa ressaca, esse livro vai te ajudar!

O Fabricio tem outros trabalhos publicados no wattpad, pra conferir é só clicar aqui.

E ai meus brilhinhos, como é que cês tão hoje? Tudo beleza?

Hoje vamos falar de um livro bem despretensioso, tipo um daqueles filmes da sessão da tarde sabe? Bem bobinho mesmo, mas que me salvou de um principio de ressaca literária. Bora lá então.


(lido em parceria com autora)


Bom, nesse livro temos a história da Samantha e do Rodrigo, um casal de noivos que, por desventuras do destino, acabam ficando desempregados e eles precisam pagar as coisas do casamento. E agora?

Mediante isso, eles tomam a importante decisão de vender doces na rua. Pegam receitas da internet e resolvem arriscar, afinal, pior do que tá não fica né?! Logo de cara a melhor amiga da Samantha faz um perfil pra ela no instagram que do dia pra noite viraliza e eles fazem o maior sucesso nas vendas!

Eu sempre falei que romance clichê não tem spoiler, e é verdade. Levando em consideração que é um romance hétero e de gente branca (falei exatamente isso pra autora, ainda bem que ela é minha amiga hahahahah) dá pra saber exatamente o final do livro!



Mas, como eu falei, foi um livro que supriu exatamente todas as minhas expectativas, eu li o livro em três dias. Achei a escrita da Marcelly muito fluida e gostosa; uma coisa que me deixou bem feliz é que eu ri com o livro e não é todo escritor que consegue me fazer rir de coisas bobas, isso foi um ponto bem positivo.

O livro tem uma continuação, que eu já especulo muito bem sobre como vai ser o enredo do livro, que se chama Nos Ajude a Engravidar, que vai falar sobre o casal de melhores amigos da Samantha, devo dizer que mesmo sabendo (ou tipo isso) exatamente o livro todo, eu tô bem ansiosa pra saber como a Marcelly vai evoluir a escrita dela e como que ela vai utilizar alguns dos elementos desse livro.

Então, fica a minha dica. Se você tá começando uma ressaca ou quer ler algo mais bobinho e despretensioso, pode apostar aqui! E sem contar que a autora é super receptiva à criticas e elogios, ela tá começando agora, então ainda ta aprendendo.

Qual livro te ajudou a sair da ressaca? Cê gosta de livros mais bobinhos? Vamos conversar!


E ai meus brilhinhos, como é que cês tão? Tudo beleza?

Cês devem ter percebido que eu amei esse negócio de fazer lista das coisas, porque fica mais legal e eu posso dar várias dicas em um post só, amei muito! A lista de hoje são séries eu eu AMEI e queria que todo mundo visse, então eu vou falar um pouco do que eu senti em cada uma delas e deixar o trailer e a sinopse delas, vamo lá!

Olhos que condenam - Netflix




Cinco adolescentes do Harlem vivem um pesadelo depois de serem injustamente acusados de um ataque brutal no Central Park. Baseada em uma história real.

Foi por pouco que eu não morri de ódio de mim mesma vendo essa série. A série fala sobre os meninos negros condenados injustamente pelo estupro de uma mulher branca no central park. Eu quis muito matar aquela branquela idiota que condenou os meninos e a coerção que eles sofrem pra admitir a culpa é muito surreal. Até hoje eu não consigo acreditar naquela história. E, pra quem se interessar, pesquise sobre a vida daquele ser, é só raiva. Eu jamais vou me conformar com o desfecho da história e não acho que dinheiro tenha resolvido o problema.

Special - Netflix




Special é uma nova série inspiradora sobre a vida de um homem gay. Ryan tem uma leve paralisia cerebral e decide rescrever sua história e ir atrás do que sempre quis.

Eu dei tanta risada com essa série! Achei super legal a trajetória do Ryan em ir morar sozinho, em ter a independência dele, as descobertas e as aventuras dele, eu ri muito e se você é uma gay millenial, você também vai amar! Aliás, a mãe do Ryan é a melhor personagem da série toda hahahahahah Aliás, cadê meu livro hein dona Record?! (a biscoitera).

Psi - HBO



Psicanalista, psicólogo e psiquiatra, Carlo Antonini (Emilio de Mello) atende na cidade de São Paulo. Não bastasse uma ex-mulher, um filho e dois enteados, ele ainda se presta a investigar por conta própria, nas horas vagas, crimes e casos complexos da capital paulista. Seu alívio é discutir os contratempos da vida com sua vizinha e colega de profissão, Valentina (Cláudia Ohana), e o amigo coveiro, Severino (Raul Barreto). 

Essa é a unica série que não tem na netflix, mas minha nossa, eu amei muito essa série, ela aborda tantos temas polemicos e o Carlo é uma pessoa que eu queria chamar pra tomar uma cerveja no bar pra discutir sobre tudo, o melhor personagem que eu já vi! A série é muito boa, vale super a pena ver e refletir!

O Escolhido - Netflix



Enviados a um vilarejo isolado do Pantanal, três jovens médicos recebem a missão de vacinar os moradores de lá contra uma nova mutação do vírus da Zika. Mas a população recusa o tratamento, e o trio se descobre preso em uma comunidade guiada por um líder enigmático que diz ter o poder de curar doenças sem fazer uso da medicina.

Essa série, meu deus! Eu surtei com ela. Eu e minha esposa assistimos juntas, depois que chegamos ao ultimo episódio, sentamos na cama e começamos um acalorado debate sobre religião e ciencia. foi simplesmente fantastico, todos os personagens são maravilhosos e eu tô muito ansiosa pela segunda temporada e fico MUITO feliz de ver uma série BR sendo tão bem avaliada!

Guerras do Brasil.doc - Netflix

(não achei o trailer do documentário, sorry)


Esta série documental detalha como o Brasil foi formado por séculos de conflito armado, desde os primeiros conquistadores até a violência nos dias de hoje.

Não me perguntem como que eu cai nessa série, mas meu deus que série fantástica! Essa aqui foge um pouco da vibe das outras que eu falei, ela é uma série documental que eu recomendo muito que quem tá estudando assista, vai ajudar muito. E pra quem é profesor como eu ou só curioso mesmo, vale muito! Eu fiquei vidrada nela, e tem muita informação boa ali, vale mesmo a pena!

Essa foi a lista de hoje, se você quiser ficar por dentro das séries que eu vejo, me adiciona no TVTime (procurar por biaunicornio97) e me acompanha lá no instagram, eu vivo fazendo stories sobre as séries que eu tô vendo.

E ai gostou? Já viu algumas dessas? Ficou curioso com alguma? Tem alguma série boa pra me indicar? Vamo conversar!


Olá brilhinhos, como é que cês tão?

O post de hoje é algo que eu tava morrendo de saudade de fazer! Hoje vamos tomar um café brilhante com Kenny Teschiedel!

Kenny é o autor de O Rapto dos dias e uma pessoa que se tornou muito querida por mim, a gente se conheceu pelo instagram e logo estávamos tendo altos papos! Bom, vamos logo ao nosso papo que ele tá super legal! 




Bom, a ideia desse papo surgiu porque, neste momento eu tô quase na metade do seu livro, O Rapto dos Dias, e já vou começar com perguntas difíceis. Como que foi escrever esse livro? O processo foi difícil?

Foi, no mínimo, interessante. Eu precisei me embebedar de diversas histórias, algumas bastante indigestas, para mergulhar fundo no cenário que eu queria construir. Eu concebi a história e, um ano depois, me dediquei à sua escrita. Fiquei gestando e acertando e me imbuindo de conhecimento e fôlego. Sabia que seria um processo exaustivo, porque não consigo me entregar pela metade quando estou escrevendo. 


A gente sabe que escrever sobre temas pesados assim, mexe com quem tá lendo e também pode gerar umas opiniões meio complicadas. Em algum momento você pensou ou cogitou a ideia de que alguém poderia te criticar por abordar isso no seu livro?

Isso me ocorre a todo momento! Sou um sagitariano bastante controverso, porque sou inseguro demais. As críticas têm um espaço bastante determinante em mim e, ao tratar dos assuntos que escolhi para “O Rapto dos Dias”, sei que elas virão de alguma maneira, principalmente por estarmos atravessando um período de opiniões acaloradas e polarizadas. Mas é por isso mesmo que eu escrevo. Não fosse assim, não teria sentido.


Do lado de cá, de quem consome, eu sinto que os autores tão tendo uma certa dificuldade em publicar, em ser lido sabe? Cê sentiu isso?

É sempre dispendioso financeiramente. Mas eu tive muita felicidade encontrar uma editora que fornecesse um excelente e competente trabalho por um valor bem justo e acessível. Ainda espero despertar o interesse de alguma editora que publique minhas obras. Mas até lá, será um caminho.


Você é psicólogo, você cuida da saúde mental de outras pessoas. Mas eu cansei de falar pra você que, se fosse eu escrevendo o livro, teria surtado. Como que foi lidar com todos os acontecimentos do livro? Cê também sentiu a dor que a gente sentiu lendo? E, cê acha que de alguma forma a sua profissão influenciou no seu livro?

Foi o livro que mais se beneficiou dos meus conhecimentos com a Psicologia. Ao dispor de diferentes visões sobre os mesmos acontecimentos, busquei em meus estudos para delinear e imprimir diferentes personalidades às personagens. Em meu trabalho como Psicólogo, sou atingido por diversas histórias de vida que me comovem, claro. Desta forma, preciso manter o acolhimento e a empatia sem deixar que meus valores e opiniões conduzam o tratamento. No caso do livro, pude sentir mais à flor da pele as emoções que narrei. Então, não foram raras as vezes em que me peguei chorando ao criar alguma cena, por exemplo. Eu quis mesmo sentir o que minhas personagens sentiram, pois este é o propósito principal do livro: que o leitor se coloque no lugar do outro.


Cê chegou a pensar, alguma vez, que você iria pra um evento tão grande como a Bienal? Pensando que você tá fora do eixo rio - São Paulo?

Sempre ouvi falar da Bienal, desde muito criança. Realmente, era algo muito distante, grandioso demais, não apenas por eu estar fora do eixo RJ/SP, mas por ter pouca influência, morar numa cidadezinha do interior gaúcho de 7 mil habitantes. Tudo me parecia muito difícil. Apesar disso tudo, a Bienal Internacional do Livro do Rio era uma ambição, sim. No entanto, que eu esperava realizar quando já tivesse um carreira sólida, um nome conhecido na Literatura. Aconteceu muito antes do que eu esperava. E está me fazendo muito feliz!





Eu lembro quando você me mandou mensagem no Instagram falando que tava morrendo de medo de flopar e tal, e agora, você tá feliz com o tanto de comentário positivo e de gente te lendo? Ficou no top 10 de mais baixados da amazon poxa! 

Eu demoro a digerir as coisas. Ainda não me caiu a ficha. Não tenho muita noção do que foi isso, principalmente porque a Amazon era uma plataforma que eu não tinha experiência alguma! Mas entendo que, para mim, foi algo muito grandioso. O livro ocupou o 7º lugar dentre os 100 mais baixados da Amazon! Eu levei um susto e, realmente, não entendo como isso pode ter acontecido. A repercussão está sendo muito positiva e tem me trazido um orgulho imenso pelo trabalho que produzi. Acredito que foi um trabalho bastante coletivo de integração entre meus amigos pessoais, os amigos escritores, aos blogs parceiros (como o Resenha de Unicórnio) e a Editora Hope que me deram esse suporte tão significativo para atingir essa marca. Preciso agradecer a cada um!


Você é psicólogo e pós graduado em psicanálise, já é um role acadêmico bem grande, de onde surgiu a vontade de fazer Letras?

Acredito que faça parte da minha inquietude. Depois que concluí minha pós, dei uma estagnada em minha vida acadêmica. Além disso, me identifico com o universo das Letras e apostei nisso, vislumbrando outras possibilidades profissionais. Até aqui, foi uma aposta vencida.

Tem algum escritor que você se inspira pra escrever suas obras?

Enquanto escrevia “O Rapto dos Dias”, me deparei com o trabalho de um autor português chamado Valter Hugo Mãe e fiquei muito encantado. É uma grande referência!


Eu fui pesquisar sobre você pra poder fazer as perguntas e devo dizer que fiquei muito impressionada com tudo que você já fez! Acabei descobrindo, Entre outras coisas, que você tem outros 3 livros! Socorro! Sobre o que eles falam? 

Sim! kkkk
Meu primeiro livro foi publicado em 2013 e chama-se “Toda Forma de Amor”. São 20 contos que tratam do amor como seu pano de fundo. Compus as histórias buscando uma diversidades de cenários, estilos textuais e entre as personagens. 

Meu segundo livro foi um romance, publicado em 2016, “O Diário Secreto do Cavaleiro Mascarado”, que era um conto do primeiro livro e acabei espichando mais e transformando-o num romance. Conta a história de um assassino de aluguel, no meio do velho oeste, que se apaixona pela vítima.

E, neste ano (2019), desenvolvi um projeto voltado à Literatura Infantil, chamado “A Palavra Perdida”. É um livro muito fofinho que conta a história de um Escritor que, num belo dia, amanhece sem seu material de trabalho principal: a Palavra. Ele tem a caneta, o papel, a máquina de escrever, mas a Palavra não está lá. Então, precisa sair em sua busca, que acaba se tornando uma grande aventura.


Sobre seu processo de escrita, cê tem uma rotina? E como você fez/faz pras ideias não se perderem? Tem algum macete pra tornar essa coisa de escrever um livro mais fácil ou é uma coisa muito individual?

Quando eu desenvolvi meu primeiro romance, eu tentei estabelecer algumas estratégias. Desta vez, com “O Rapto dos Dias”, eu aprimorei um pouco minhas técnicas. Funcionou assim: rabisquei os esqueletos dos capítulos e neles eu coloquei as cenas que precisariam ser descritas. Ao lado, deixei um espaço para anotações, que deveria ser preenchido com informações que conduziriam à cena que estava prevista. Desta forma, consegui ter uma visão da minha história do início até o fim. A minha rotina foi, basicamente, escrever todos os dias das 19 às 3h. Gosto daquela ideia que as palavras são boêmias e gostam de sair à noite.




A gente sabe que dá pra usar a literatura pra muitas coisas, inclusive pra conscientizar as pessoas sobre alguns assuntos que a gente às vezes nem presta atenção. Cê pensou nisso quando tava escrevendo O Rapto dos Dias ou foi uma coisa que só acabou tomando a forma que tomou?!

Busquei isso a todo momento. Desde a publicação do meu último livro, queria encontrar em mim um escritor adultecido. Eu digo isso em nota, logo na abertura do livro. Acredito que foi assim que encontrei o tom que ele precisava. Mas a história foi crescendo aos poucos e, a meu ver, o escritor possui um instrumento poderoso: a palavra! Pessoalmente, vejo que o escritor precisa assumir essa responsabilidade de despertar o senso crítico de seu público. Fiz d’O Rapto dos Dias meu livro mais político e espero contribuir de alguma forma com uma sociedade mais justa e igualitária.


Agora eu vou biscoitar porque não sou obrigada! Eu, como blogueira ou quase isso, tenho visto e ficado cada vez mais feliz que os autores procuram a gente pra ajudar a divulgar e confiam na gente pra “avaliar” um livro que, às vezes, levou anos pra ser terminado. Do lado de cá, é super legal ter alguém que se identificou com o meu trabalho a ponto de me apresentar livros que, muitas das vezes, mesmo com o meu trabalho de valorizar os BR eu acabaria não conhecendo. Agora a pergunta é, o que você pensa dessa onda de influenciadores literários? Cê sente que ajuda mesmo? Faz uma diferença? 

Eu acho ótimo! Foi fundamental para atingir um dos meus principais objetivos: ampliar meu público. Ainda sou um autor recém-nascido e assumidamente jurássico diante das tecnologias. E vocês fazem isso muito bem! Têm um domínio naquilo que fazem e acabam auxiliando de uma forma muito primorosa quem pena diante destes recursos, como é o meu caso. Certamente, não teria conseguido atingir a 7ª posição no ranking da Amazon sem sua contribuição. Tampouco, saberia conduzir a Leitura Coletiva com um grupo tão amplo. Foi fundamental e eu sou muito grato!

Bom, eu também abri a caixinha de perguntas lá no meu Instagram pra quem quisesse saber algo sobre você. Vamos as perguntas dos stories!

Porque você escreve?

Tem um tempo que me fizeram essa pergunta e, na hora, eu não soube responder. Depois, eu fiquei pensando e achei uma resposta que me aliviou, mas que talvez não tenha me saciado completamente: eu escrevo porque levo uma vida simples demais. Tenho uma casa, moro com meus pais, trabalho… É tudo muito linear. As personagens que crio não! Elas têm histórias muito extraordinárias e que me tiram desse marasmo. Talvez seja por isso que tenho sido tão feliz.

Qual sua música ou estilo de música preferido?

Em vários aspectos, sou bastante velho. Nos hábitos, nas preferências, no estilo. Com a música não é diferente. Ouço muita MPB e rock brasileiro das antigas. Quanto mais embolorado pelo mofo, melhor.

Qual a coisa mais importante que você já fez até hoje?

Eu não sei. Poderia dizer que foi a minha primeira graduação, a posse na Academia de Letras do Brasil, a própria participação na Bienal do Rio. Mas tenho impressão que qualquer um pode fazer isso, a qualquer momento, a depender de seus desejos. Talvez a coisa mais importante que eu já fiz na vida seja a que ainda esteja por vir. 

Tem algum livro favorito da vida? Se sim, porque ele é tão bom?

“Franz Kafka e a Boneca Viajante”. É um livro quase infantil, estilo “O Pequeno Príncipe”, mas mil vezes melhor. É de derreter!

Qual o seu signo?

Sou sagitariano, não praticante. 

Quando você decidiu que seria psicólogo/psiquiatra?

Psiquiatra, não kkkk
Optei pela Psicologia quando eu tinha 17 anos e o futuro batia à minha porta pedindo urgência, querendo saber qual era a minha. Eu tinha algumas opções, como Relações Públicas, numa universidade pública. Mas o que falou mais alto foi as oportunidades das duas profissões no mercado de trabalho e, por esta razão, escolhi a psico.

Se você pudesse ser animal, qual seria é porque?

Acredito que a coruja. Ela carrega um mistério tão grande, né? Eu as acho tão lindas, além de admirar sua vida noturna. Elas vem enxergar coisas que ninguém mais vê.
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E ai meus brilhinhos, como é que cês tão? Cês tão beleza?

Hoje nós vamos conversar sobre Sempre Estive Aqui, um livro da perfeita Maria Freitas. Ela disponibilizou o e-book gratuitamente no site dela e eu e a @evybooks organizamos uma leitura coletiva dele, que foi um sucesso! E também, acabei conversando com a MaLê sobre a possibilidade de lermos o livro e fazermos uma resenha dupla, então aqui estamos nós! 



Sempre estive aqui conta a história de amor de Karin e Thiago. 

Ela sempre quis encontrar um grande amor. Ele sempre amou Marcela, sua ex-mulher. Eles nunca se notaram, mesmo trabalhando no mesmo prédio e frequentando os mesmos lugares. Até uma chuva, um acidente de carro e uma viagem à Acapulco.

Agora, Karin está a um passo de viver o amor que sempre sonhou, mas Thiago esconde um segredo que pode estragar tudo. Será que é tarde demais?





Eu sou uma pessoa MUITO suspeita pra falar sobre as coisas que a Maria escreve, não é de hoje que meio mundo acha que eu trabalho pra ela, de tanto que eu falo deste ser humano. Vamos ao livro.

Eu comecei a ler SEA quando ele ainda tava sendo publicado no wattpad, ai depois ele passou a ser publicado só no clube da Maria, e logo depois veio o livro todo e eu voltei desde o começo pra entender tudo, e NOSSA!

Ainda tenho um problema sério pra falar desse livro, não que ele seja pesado como Teca foi, esse livro é o mais gentil da Maria (esperem coisas pesadas dela) mas o que me lascou toda foi o fim, porque eu já tava esperando aquilo e eu não fiquei nem um pouco surpresa E ESSE FOI EXATAMENTE O PROBLEMA!

Pra quem ainda não entendeu, o livro aborda violência doméstica e relação abusiva de uma forma tão, mas tão sutil, que você não percebe o que ta acontecendo logo de cara, e como o livro é narrado pela Amanda (que é um personagem que a Maria criou) você pensa que é uma pessoa contando a história de vida de outra, mas né, jamais que seria isso.

Eu não quero me prolongar muito, até porque, depois do choque de ter achado “normal” o fim do livro, eu comecei a chorar de uma forma compulsiva e não consigo mais lidar bem com esse livro. Porém, leiam. É um livro bem gentil, cheio de boas referências e com tudo que um romance mais reflexivo precisa ter. Eu quero muito encontrar leitores dessa história. 

#SomosTodosKarin


Estamos no mês da visibilidade bissexual, e creio que não tem melhor época para a publicação desta resenha do que este mês.

O segundo livro que li da Maria, e foi surpreendente de inúmeras maneiras, foi um final esperado pelo que eu acompanho dela, porém no decorrer da trama achei que pudesse mudar.

Uma leitura fluida, apaixonante, que passa tanta mensagem que só absorvemos no final do livro,
quando entendemos, e paramos para refletir, eu demorei para engrenar na leitura, por N motivos, mas quando peguei o ritmo, foi numa tacada só, dormir apenas depois de concluir a leitura.

A história é contada em terceira pessoa, ou seja temos uma narradora, e se prestarmos atenção, ela dá indício do que acontecerá no final, ela não mostra com todas as letras, é algo sutil que só percebemos no final. Mas que está lá o tempo todo.


Karin é o ponto central, ela é quem liga os outros dois extremos, Rafa e Thiago. Jovem, negra (representatividade pouca é bobagem, né mores?), de família rica, Workaholic não apenas porque gosta do trabalho, e sim pois é uma forma de ocupar a mente e não pensar em algo que a machuca e que a impede de viver plenamente.


Rafa, uma aventureira, que não gosta de finais, e muito menos de rotina, e de fazer as mesma coisa sempre, sem raízes sua casa é o mundo. Apaixonada por Karin, a quem o destino adora as unir quando menos espera.

Thiago, um fofo, adoraria colocá-lo num potinho, recém separado de quem algum dia já achou ser sua alma gêmea, e por mais que os caminho de Karin e Thi já tenham se cruzados em alguns momentos, eles por algum motivo não se lembram de terem se visto, apesar de terem uma sensação de familiaridade.

Com algumas referências, especialmente a Chaves, ela nos leva, para alguns países do globo, e especialmente a Acapulco, onde a boa parte da história vai se desenrolando, a cada capítulo vamos descobrindo cada vez mais coisas, fatos, e parte das das histórias, e a importância de cada personagem na vida de Karin, mesclando presente, e passado. 

Uma obra que deve ser lida e sentida, não explicada. Então o que estão esperando? vão lá ler, e levar um tapa na cara no final, porque não terá um que não vá se emocionar, e deixar as lágrimas correrem soltas.