Café com autor - Daiane Barbosa


Não é segredo pra ninguém que eu amo histórias polemicas e que desafiam os clichês e os enredos previsíveis. 

E uma das minhas passeadas pelo grupo do facebook do wattpad acabei vendo essa capa e fiquei muito curiosa só pelo titulo. Fui ler e amei tanto ao ponto de comentar em cada paragrafo e criar uma "amizade" com a autora do livro. 

Cara, a Daiane é um amor de pessoa. Sempre me responde com todo carinho e atura a minha encheção de "cadê o proximo capitulo menina?"; E ela sempre me responde com um "eu tenho vida fora do wattpad.". 

Mas não se engane porquê ela é realmente uma pessoa linda, com cada ideia mirabolante e absurda e uma criatividade de dar inveja. Recentemente recebi uma cartinha dela, falando sobre o livro e sobre ela. Espero que gostem! 


"Bom dia, boa tarde ou boa noite a todos, para dar início, eu só quero agradecer a essa chance que a Bia me deu e espero suprir e ultrapassar as expectativas que ela tem sobre mim...

Dona Bia me fez algumas perguntas e eu vim aqui responder a todas.

Sobre minha vida: Chegando aos 19, passando pela crise da meia idade (risos), sou Baiana, tentando fazer minha vida no Rio de Janeiro, gosto de escrever desde o momento em que aprendi, sempre quis participar de tudo que é concurso de poesia, apresentações de teatro, recitais e etc... Sou uma geminiana meio bipolar, só para vocês saberem, já que isso nem vem ao caso mesmo.

Nesses últimos meses eu foquei no meu último projeto de 2017, onde eu revisei, digitalizei e finalmente disponibilizei na plataforma, mas aí eu fiquei vazia, não tinha mais o que fazer (tirando os estudos para o Enem que eu nem vou comentar), então me veio em mente essa história que vai ter um tópico inteiro só pra ela mais a frente.

Por que escolhi ser escritora: Como eu já tinha comentado, desde que aprendi a escrever eu me apaixonei pelas palavras, o incentivo dos meus pais e dos meus professores só serviram de estopim para algo que já ia explodir mesmo. É o que eu amo, é tudo que eu sei fazer, é o que me define até nas rodas de amigos.

De onde surgiu a ideia do livro: É meio complicado de explicar. Uma prima distante minha tem certos sintomas, eu dei uma pesquisada sobre eles e me surgiu a Misofonia (resumindo, é doença rara onde o indivíduo tem sensibilidade ao ouvir certos sons específicos), o ponto é que ela não tem Misofonia, ela só tem intolerância a sons altos (bem ao contrário da pessoa misofonica), confesso que fiquei meio frustrada e pensei em desistir, porém quando falei sobre isso em um grupo, pessoas se identificaram com a doença e me deram total apoio para continuar. Meu foco era ajudar a minha prima e entender mais sobre o assunto, então, por que não ajudar outras pessoas a entenderem e ajudar outras e assim vai?

A ideia da narração: Eu iniciei o projeto falando do ponto de vista da personagem Carolina, a pessoa misofonica do livro, porém, Carol não mostrava tudo o que precisava ser mostrado, ela não falava com muitas pessoas, tão pouco gostava de falar, ao meu ver ela parecia mais depressiva do que misofonica, então surgiu a Mimi (Misofonia) e ela foi agraciada pelos primeiros leitores fiéis e espero que pelos futuros leitores também. Mimi é completa e caiu do céu nas minhas mãos, ou nos meus ouvidos no caso, já pedindo perdão pelo trocadilho horrível.

Processo criativo e de pesquisa: Os dois estão entrelaçados. Para escrever é preciso saber sobre o assunto. Sempre que a Mimi quer fazer uma graça, eu preciso pesquisar antes para ver se ela pode mesmo fazer isso, é uma busca constante por conhecimento, primeiro porque eu não sei nem metade do que preciso sobre a doença (que não é muito conhecida, o que não ajuda), segundo porque o foco principal é mostrar que todas as pessoas podem ser os protagonistas das suas próprias histórias, ou seja, eu quero que os misofonicos se identifiquem e para isso eu não posso errar em nada, visando a "perfeição", sempre que vou escrever, deixo o google aberto juntamente com a plataforma. É uma maravilha falar sobre a Mimi, ela por si só já brilha, sem tirar o brilho da "dona", a Carol.

Claro que é sempre complicado optar por algo que eu nunca vi alguém fazer ou fiz antes, então me sinto perdida as vezes na maneira de narrar e principalmente em mostrar o lado dos outros personagens, afinal, Mimi é uma extensão apenas de Carol, ela não tem sentimento (por ser a doença) e não pode contar o que os outros personagens sentem (por não estar no corpo deles). Sem querer dar spoilers, mas foi a partir dessa dificuldade que me veio a ideia de dar (assim de graça, por nada) uma doença para o outro protagonista da história, mas só pra ele, afinal, não posso sair diagnosticando a cidade inteira, mesmo tendo vontade.

Basicamente é isso. Agradeço mais uma vez pelo carinho da Bia comigo e com a história, espero ter tirado as dúvidas e caso apareça mais algumas, é só me chamar e passar um café pra gente!"

Espero que tenham gostado da cartinha dela pois eu amei! O link desse livro maravilhoso é esse. Leiam e venham conversar comigo e com a Dai sobre a Mimi e a Carol!!

Beijos e até a proxima!


4 comentários:

  1. <3 amei a entrevista de vdd. ela é objetiva e a entrevista é bem clean.

    ResponderExcluir
  2. Ela é maravilhosa! Amo de paixão descaradamente.

    ResponderExcluir
  3. A Dai é a escrita mais fofa de todo esse mundo, e essa entrevista ficou simplesmente perfeita, O livro dela é muito inovador, e para nós, misofonicos, é muito bom alguém escrever um livro para passar a mensagem do que nós sentimos e vivemos, pois com uma doença tão pouco falada e entendida nos dias de hoje, a grande maioria gosta de julgar quem sofre da doença como " frescos ". Parabéns a todos os envolvidos!!

    ResponderExcluir