Oi pra você aí do outro lado!! Como você tá? Por aqui as coisas estão meio corridas e as leituras avançam pouco, mas são boas leituras. No fim das contas, é isso que importa!


Bom, hoje eu vim contar sobre a minha experiência com um livro que foi uma grata surpresa. Eu não sou uma ávida consumidora de fantasia, sempre tive bastante dificuldade em me inteirar do mundo e entender como as coisas funcionam, mas desde que soube que essa fantasia sáfica seria publicada aqui, eu quis ler.


Antes de seguir na leitura desse texto, saiba que o livro abordado possui inúmeros temas sensíveis como: genocídio, feminicídio, intolerância e abusos.





O Trono de Jasmim” foi escrito pela Tasha Suri, é o primeiro volume da série Os Reinos em Chamas, publicado aqui no Brasil pela Galera Record e traduzido plea Laura Pohl.


No livro conhecemos Malini, uma princesa que foi banida da corte pelo seu irmão, o rei ditador, e agora vive exilada no Hirana, um lugar que, antes de ser palco de um genocídio, era um lugar sagrado, fonte de muita magia e que abrigava as Águas Perpétuas - uma fonte poderosíssima de magia - e que era lar dos Filhos do Templo. Já não existem pessoas naquele lugar isolado e a princesa cumpre o seu exílio sendo envenenada aos poucos por uma criada, seguindo as ordens de seu irmão.


Do outro lado da história temos a Priya, uma criança do templo que sobreviveu ao massacre e trabalha como criada, levando uma vida quase invisível. Entretanto, ela fica incumbida dos cuidados da Princesa Malini, praticamente tendo que se exilar com a princesa, no lugar que antes era sua casa.


Além disso, as pessoas daquele mundo estão sofrendo de uma doença chamada decomposição, que "distorcia a vegetação e infectava as pessoas que trabalhavam nos campos e que brotava através da pele e folhas que saíam pelos olhos."


Quando Priya e Malini conseguem conversar, nos raros momentos em que a princesa não está drogada, acabam por descobrir muito uma sobre a outra e formam uma aliança um pouco improvável, já que as duas tem um único objetivo: derrubar o império de Parijatdvipa.


"Todos aqueles homens e mulheres condenados à morte, e por qual motivo? Um "ataque" em que ninguém morreu a não ser Meena? Seu regente é um tolo, e o mestre dele é um tolo. O imperador precisa entender que não podem extirpar a nossa língua, banir nossas histórias, nos deixar passar fome para então nos matar sem nenhuma consequência. Eu não me arrependo, Pryia. E você também não deveria se arrepender."


O livro é narrado em POVs (pontos de vista) e cada capítulo é um personagem que narra. Malini e Pryia já são personagens extremamente complexos e bem desenvolvidos e sua jornada se apoia em vários outros personagens como Bhumika, Ashok e Rao. Um dos pontos que me encantou foi justamente esse, que a autora usou a primeira parte do livro para desenvolver os personagens e mostrar o contexto politico naquele momento da história. Entretanto, isso fez com que eu achasse esse começo da história extremamente lento, tanto pela quantidade de informação quanto de narração.


A relação da Pryia e da Malini é tudo pra mim, elas formam um casal muito fofo e é muito bonito ler as duas meio tímidas e com medo de falar o que sentem uma pra outra e o pau torando enquanto rola tudo isso HAHAHAHAHA


O livro tem quase 700 páginas e não tem aquele linguajar rebuscado que geralmente tem em livros de fantasia. Foi uma boa leitura e eu estou bastante animada pra ler os outros livros dessa série! Espero muito que a editora não esqueça a série no churrasco HAHAHAHAH


Por hoje é isso, até mais!


 Oi pra você aí do outro lado!

Hoje eu vim contar como um livro de menos de 200 páginas me destruiu e me atravessou de uma forma que eu não consigo explicar. Tanto é que esse texto tá nos meus rascunhos desde que eu terminei de ler, eu simplesmente não consigo achar palavras pra descrever. Mas vamos lá.  





O livro é narrado por uma mãe que é exemplar, pelo menos aos olhos da sociedade: ela é viúva de um bom casamento, é cuidadora de idosos e criou sua única filha pra seguir o mesmo caminho, casar, ter filhos, uma boa casa, um emprego com bom salário, uma vida confortável. Entretanto, tudo vai por água abaixo quando a Green se assume lésbica, não tem emprego fixo e muito menos dinheiro pra pagar aluguel.


Em meio a isso, Green e sua namorada vão morar no apartamento da mãe e é aí que as coisas ficam complicadas. Essa mãe passa o dia todo num ambiente insalubre, cuidando de idosos que foram abandonados pelas famílias, muitas vezes esses idosos não conseguem ter o mínimo de dignidade. E se você conhece um pouco da Coreia do Sul sabe que além de extremamente preconceituosos, existe essa cultura de que os filhos devem cuidar dos pais na velhice e como a velhice por lá acontece - spoiler, muitos idosos tiram a própria vida por não conseguirem se sustentar.


A escolha de colocar a mãe como narradora do livro foi muito acertada pois estando na cabeça dela conseguimos ver que o problema nem é tanto sobre a filha dela ser lésbica, é muito mais sobre solidão, medo de não ter quem cuide dela e da filha na velhice, medo de não “continuar a família”, quebra de expectativas e perda de esperança. Mesmo que a namorada da Green faça comidas deliciosas, os pensamentos da mãe são sempre muito incisivos a respeito da menina.


“Porque minha filha, justo a minha filha, tem de amar uma mulher? Por que eu tenho de passar por essa prova, que outros pais nunca nem pensariam em ter de superar? Por que justo eu tenho de passar por tamanha dificuldade?”


Esse é um daqueles livros que doem muito, especialmente em pessoas como eu. É sempre muito complicado esse tópico da família, mais ainda quando o assunto é mãe. Não é um livro fácil de ser lido, de forma alguma, mas como parece muito que estamos dentro da cabeça dessa mãe e que o que estamos lendo é quase como o fluxo de pensamentos dela, fica muito difícil parar de ler. 


Esse é um daqueles livros que me deixou olhando pro nada durante algum tempo só pra absorver o impacto que essa história me causou. É uma história real, com pessoas reais e com coisas que podem ou não ter acontecido com você, mas que, em alguma medida, você vai se identificar e vai entender o que eu tô escrevendo aqui.


Espero que você tenha gostado do texto de hoje, me conta se você já leu esse livro e eu volto em breve <3


 Oi pra você ai do outro lado!

Hoje eu vim contar sobre a minha primeira leitura favoritada de 2024 e que também entrou pro top 3 favoritos da vida!


A noite passada no Telegraph Club, escrito por Malinda Lo, saiu pela editora Verus, com tradução da Thais Britto. 





Neste livro vamos acompanhar a Lily Hu, uma adolescente de origem chinesa mas que nasceu nos Estados Unidos. Ela mora em Chinatown com seus pais e irmãos, uma típica família chinesa. Ah, nós estamos na década de 50, importante ressaltar também que foi nessa época que a “ameaça comunista” começou a ter forma e os chineses poderiam ser deportados.


Lily sempre teve uma vida pacata acompanhada de sua melhor amiga Shirley, também sino-americana, mas as coisas começam a tomar caminhos inesperados após um incidente: Lily deixa um recorte de jornal cair no chão, nesse recorte anunciava a apresentação de Tommy Andrews, uma imitadora masculina no bar lésbico chamado Telegraph Club. Quem lhe devolve esse recorte é Kath Miller, uma menina da mesma sala que Lily e, para sua surpresa, Kath revela que já foi a esse bar e já viu a apresentação de Tommy.


A partir daí, a vida de Lily muda completamente quando ela se percebe parada embaixo do letreiro do Telegraph Club, junto com Kath e aquele mundo até então desconhecido, se mostra pra ela.


“Era aquele ainda sim que fazia a pele de Lily queimar por dentro. Era saber que, apesar das roupas que Tommy usava, apesar da atitude que fazia todo mundo ali olhar pra ela, ela não era um homem. Era algo poderoso e indescritível, como se todos os desejos mais secretos de Lily estivessem ali, expostos, no palco.”


Eu nem sei por onde começar a falar da avalanche de sentimentos que esse livro me trouxe, mas acho que um bom ponto de partida é que os medos que a Lily tem quando começa a entender sua atração por mulheres, eu tinha também e na adolescência tudo já é tão horrível e complicado e acaba que esse entendimento é um pouco mais doloroso, mas o primeiro amor é uma coisa tão avassaladora quanto os sentimentos ruins. Quando eu tive minha primeira namorada, minha nossa, foi como se eu tivesse entendido meu lugar no mundo.


O livro retrata essa descoberta da lesbianidade e do primeiro amor de uma forma muito genuína e muito sincera, extremamente real. O quanto o amor lésbico é revolucionário, o quanto nós precisamos nos arriscar e arriscar muita coisa em prol de sermos quem somos. 


A Noite passada no Telegraph Club é uma homenagem à todas as caminhoneiras e todas as “menininhas” que vieram antes de nós e que fizeram e resistiram tanto pra que hoje a gente pudesse continuar existindo. Eu recomendo demais a leitura desse livro, eu vou passar o resto da minha vida falando sobre ele e obrigando todo mundo a ler também HAHAHAHAHAH


 Oi, você aí do outro lado! Quer café?

Hoje eu vim falar sobre uma leitura que eu esperei MUITO pra fazer e ela superou todas as minhas expectativas! Um tempo atrás, eu li dois contos que - salvo engano - falei sobre eles, que são “Como arruinar seu dia de folga” e  “Como arruinar sua reputação de vilã”. Eles falam sobre a Odete e a Helena que são ajudantes de Super-Vilã e de Super-Herói, respectivamente. 


Pois bem, eu fiquei completamente obcecada por esses contos e quando vi que a Denise (autora dos livros) estava escrevendo um romance inteirinho delas, eu esperei por esse momento ansiosamente e agora eu tô aqui pra falar sobre o maior hit de 2023 segundo o Censo Resenha de Unicórnio.




O que a ajudante de uma vilã e a ajudante de uma super-heroína têm em comum?

Aparentemente, uma multidão de fanfiqueiras na internet.

Enquanto Odete e Helena aprendem a lidar com os sentimentos que surgiram quando arruinaram seu dia de folga e a reputação de uma vilã, o governo brasileiro está privatizando os super-heróis. E se isso não fosse o suficiente, uma nova ameaça parece determinada a destruir o mundo, usando os superpoderosos para espalhar o caos.

Em meio ao terror do desconhecido e à ameaça de uma guerra civil, Odete e Helena precisam decidir pelo que lutar. Suas escolhas vão determinar o destino dos sentimentos que têm uma pela outra - e do mundo também.


Leia pelo Kindle Unlimited!


Nesse livro a Odete a Helena já tem um relacionamento e elas estão tentando entender como lidar com isso pelo simples motivo de que no trabalho são rivais e na vida pessoal são amantes e metade da internet shippa elas e isso é simplesmente perfeito, trouxe um saborzinho a mais na história!


Nesse livro a coisa começa a pegar fogo quando, no meio de uma privatização de super heróis aparece uma vilã muito poderosa, que tem o poder de entrar na mente das pessoas e controlar elas, como se fosse um exército de fantoches, sabe? Só que o problema não para por aí, as nossas amadas protagonistas descobrem que essa vilã não é do mesmo universo que elas e é nesse ponto que as coisas pioram MUITO.


Não preciso nem dizer que eu amei muito esse livro, são quase 400 páginas de muita ação, caos, destruição, desespero, tudo dando errado, uma espada que não para de falar nunca, um dragão que é simplesmente perfeito e claro, nossas protagonistas sendo absolutamente perfeitas e emocionadas.


Confesso que eu não sou a pessoa da ficção científica e esse conceito de multiverso e tal é algo que eu não entendo direito, mas nesse livro as coisas são tremendamente bem explicadas, foi a primeira produção que tem esse conceito do multiverso que eu entendi completamente. Sem sombra de dúvidas isso foi muito necessário pra que eu pudesse me conectar com a história e conseguir acompanhar o desenrolar da coisa.


A escrita da Denise dispensa comentários, eu li tão rápido que fiquei até triste quando acabou.


Então se você gosta de super heróis e precisa de uma história assim, só que sáfica, esse livro é perfeito pra você! Espero que tenha gostado e até breve!


 


Oi você aí do outro lado! 


Hoje eu vim contar sobre a maior experiência literária que eu tive em muito tempo. Sabe quando a história te prende, você sente tudo que os personagens estão sentindo e se entrega pra história de uma forma um tanto absurda? Foi isso que aconteceu comigo enquanto eu lia Pachinko, da autora Min Jin Lee que foi publicado pela editora intrínseca com tradução de Marina Vargas


A história começa nos anos 1900 e conhecemos a Sunja que é filha única de Yangjin e Hoonie, um casal pobre que administra uma pensão em um pequeno vilarejo na Coréia. O pai morreu cedo então ela passou a ajudar a mãe nas tarefas da pensão. Um dia, na adolescência, Sunja conhece um rapaz muito bonito chamado Hansu e logo eles começam a se envolver. Ela fica encantada com tudo que aquele homem sabe e ensina pra ela, como o mundo é um lugar enorme. Até o momento que Sunja engravida e descobre que ele já tem uma família no Japão e não pode se casar com ela. Sunja não se vende, rompe com Hansu e resolve seguir com a gravidez sozinha e não conta pra ninguém sobre Hansu.


Entretanto, Baek Isak, um pastor de saúde extremamente frágil, se hospeda na pensão da família de Sunja e decide se casar com ela e criar aquele filho como se fosse dele. Então eles partem pro Japão e é aí que a trajetória de Sunja se permeia por preconceitos, por dores, tendo que criar dois filhos sem pátria.


“Viver todos os dias na presença daqueles que se recusam a reconhecer sua humanidade exige muita coragem”


Esse livro com toda certeza é um dos livros mais doloridos que eu já li na vida. A narrativa é muito cruel e bruta, mas não teria como ser diferente. As gerações de pais, filhos e netos de Sunja que estão no livro, contam muito sobre como é a vida, pois Sunja e Baek sairam da coreia e foram para o Japão bem na época da segunda guerra mundial e da invasão japonesa, quando a coreia se dividiu e ela e tantos outros coreanos ficaram sem lugar no mundo.


"Viver todos os dias na presença daqueles que se recusam a reconhecer sua humanidades exige muita coragem."


Acompanhar a vida da Sunja é um misto de sentimentos, principalmente quando um dos filhos dela começa a trabalhar num salão de Pachinko, que é tipo um caça níquel e é a única forma que essas pessoas tem pra ganhar dinheiro e ascender socialmente. Sunja é uma das melhores protagonistas femininas que eu já li. Ela é tudo, ela se doa por inteiro ao seu marido, aos seus filhos e a seus netos, ela faz de tudo pra manter a família de pé, vivendo. Mesmo que ela julgue ter feito escolhas erradas ao longo da vida, tudo sempre foi feito tentando ser o melhor que podia dadas as circunstâncias. 


Pachinko é um livro muito bonito e acompanhar toda essa jornada é muito especial e entender a história da Coréia através dessas personagens é incrível. A sensação que tive ao terminar de ler foi bastante agridoce, porque se a gente pensar que ainda acontecem muitas guerras, que inúmeros territórios estão sendo invadidos, pessoas sendo expatriadas, acaba que essa história talvez nem seja tão ficção assim. 


Pachinko também tem uma adaptação para série na AppleTV+ que é muito boa, mas, pra mim, o livro é muito melhor e muito mais emocionante. Se você tiver oportunidade, leia o livro, eu tenho certeza que será uma das melhores leituras que você vai fazer na vida.



 Oi, você aí do outro lado!

Hoje eu vim conversar sobre a experiência de ter lido “Estou feliz que minha mãe morreu”, um livro de memórias escrito pela Jennette McCurdy que ficou conhecida como a Sam de iCarly.


Antes de começar esse texto gostaria de alertar que o livro aborda temas que podem ser sensíveis para algumas pessoas, como anorexia, bulimia, abuso de álcool e abuso materno. Respeite seus limites e procure ajuda especializada.



Comecei a ler esse livro despretensiosamente pelo simples motivo que o título me chamou atenção e eu não tinha visto ninguém na minha bolha falando sobre o livro e logo nas primeiras páginas já me bateu o desespero e foi só piorando.


Quando ela tinha seis anos, ela fez seu primeiro teste para atriz por imposição da mãe que queria que ela se tornasse uma estrela. Então, começaram as mudanças. Jennette, uma criança, precisou mudar a cor do cabelo, mudar as sobrancelhas e os cílios, começou a fazer uma “restrição alimentar” que lhe foi ensinada pela mãe, onde ela comia pouquíssimo e passava o dia todo se pesando. Ela achava que a mãe estava fazendo o que era melhor pra sua única filha, levando ela a testes e mais testes, fazendo a garota decorar textos quando deveria estar brincando e fazendo modificações em sua aparência.


Jennette logo começou a fazer sucesso e a sustentar sua família e sua mãe ainda mandava e desmandava em sua vida, ela nunca decidiu nada por si própria e quando surgia um impulso de fazer algo por sua vontade a mãe logo a reprimia e a manipulava de formas absurdas. Ela teve que ser banhada pela mãe até os dezesseis anos, teve que mostrar seu histórico de conversas a vida toda e não podia ter amigos. Tudo isso acarretou em uma série de comportamentos autodestrutivos e logo se colocou em relacionamentos abusivos, desenvolveu transtornos alimentares e tinha crises ansiosas terríveis.


Essa leitura, que na verdade foi um audiolivro, me deixou abismada em muitos aspectos. Não fiquei surpresa com nada do que foi relatado, mas sim abismada com a crueldade de alguns adultos. Eu penso que um filho não é, de maneira alguma, uma extensão de seu responsável, ninguém deveria nascer já com o destino “traçado” ou com uma tonelada de expectativas sobre as costas. Tanto é que quando a mãe da Jennette morre em decorrência do câncer, ela fica perdida porque ela não aprendeu a pensar sozinha, a decidir coisas básicas da vida dela sozinha e se livrar dessas amarras levou muito tempo, muita terapia e muita ajuda. É triste pensar que as pessoas que deveriam ser um lugar seguro, uma fonte de acolhimento acabam por ser os causadores de feridas que jamais serão curadas.


O livro tem um tom meio engraçado e não consigo imaginar como deve ter sido revisitar todas as situações que foram retratadas. É uma leitura muito boa que traz vários questionamentos sobre ser mãe e ser filho de alguém, e como, muitas vezes a sociedade coloca isso como uma coisa sagrada, intocada e perfeita sendo que, algumas vezes não passa nem perto disso.

Oi, tem alguém aí?

Eu sumi por bastante tempo e não sei bem por onde começar esse texto, visto que faz algum tempo que não escrevo nada pra cá. Mas eu achei uma forma de voltar a falar de livro e explicar também o motivo do meu sumiço e é estranho como esse livro e a minha situação se interligam. 


Eu tenho certeza que em algum momento da sua vida alguém já te disse que “quanto mais tempo você olha pro abismo, o abismo te olha de volta” ou qualquer coisa nesse sentido. Aqui conhecemos o Luís. Um cara que nunca quis preocupar ninguém. Ele mora com sua mãe, estuda e tem amigos próximos e até aí, tudo bem. 


Um dia, marcas estranhas começaram a aparecer pelo seu corpo e é quando ele conhece o Vazio, uma entidade devoradora de almas que afeta não só ele, mas todos ao seu redor. E agora ele precisa lutar contra ele mesmo pra não ser devorado pelo Vazio e para que nenhuma das pessoas que ele ama seja devorada também. Acho que já deu pra entender né?


Eu, assim como o Luís, passei por um processo de adoecimento e esse ano fui diagnosticada com depressão - sim, o meu Vazio - e eu estou me tratando com remédios psiquiátricos e terapia toda segunda feira. Entretanto, essa doença tira tudo de nós, tira até coisas que amávamos e é muito difícil sempre estar acompanhada do seu próprio Vazio. Tanto é que eu estou tentando voltar com o blog como recurso terapêutico, tentando resgatar as coisas que eu amo fazer. No livro, brilhantemente escrito pelo meu melhor amigo, é possível ver todas as nuances da depressão e como ela nos consome por inteiro e quão angustiante é viver isso na pele, conviver com esse negócio.


Eu não me canso de elogiar o trabalho do Gogun na escrita, é maravilhoso o quão bem ele consegue retratar esses sentimentos, a falta de ser, a falta de pertencer, a falta de não saber pra onde ir, o que fazer e saber que a sua própria cabeça não é um lugar seguro e essas coisas estranhas que afetam a nossa vida e que eu mesma não consigo colocar em palavras - e olha que eu tô na terapia fazem quase 3 anos. Com esse livro, Gogun consegue mostrar o quão avassaladora a depressão pode ser, e deixa bem claro no começo do livro que a história do Luís é uma tragédia, não tem nada de feliz ali. 


Eu não quero que a minha história seja uma tragédia e por isso sigo lutando contra essa doença e contra a minha cabeça, pra continuar existindo. E mesmo que isso pareça forte e corajoso da minha parte, não é, eu demorei muito pra aceitar que eu precisava de remédios, que iria demorar pra achar aquele que funcionasse e passar por tudo que estou passando.


Então, com esse texto que, me atrevo dizer, é a minha volta pra esse lugar seguro que eu criei e com esse livro que faz todo sentido no momento, eu digo: se você está passando por um momento difícil, têm se sentido sozinhe, triste ou qualquer coisa assim, procure ajuda no CAPS da sua cidade ou ligue para o CVV, peça ajuda. Reconheça seus limites e saiba que você não precisa ser refém do seu vazio pelo resto da vida, mesmo que agora pareça que ele vai te consumir e drenar toda a sua vida e tudo que mais importa, existe tratamento, é possível fazer com que eles não te dominem mais.


 Olá pessoas! Como vocês estão?

Faz muuuuuuito tempo que eu não apareço por aqui e o motivo é bastante simples: a vida me atravessou. Minha profissão começou a demandar bastante do meu tempo, estudos também e junto com isso veio a percepção de que manter redes sociais como um “hobby monetizado” parou de fazer sentido. Eu precisava voltar às origens, fazer isso aqui como algo seguro, sem cobrança, no meu ritmo.


Eu não deixei de ler, a leitura sempre foi e eu espero que continue sendo o meu porto seguro, algo que eu amo fazer, então, tô voltando aos poucos. 


Hoje eu vim escrever sobre um livro que me chamou atenção pelo nome e eu não sabia nada sobre ele, comecei a ler ele no dia da virada do ano e até agora não sei se eu devorei o livro ou ele que me devorou. 





Pra dar uma pincelada sobre a história: todos os animais tiveram uma doença que os tornaram extremamente tóxicos, só de você ter um gato em casa você estava correndo um risco enorme e consequentemente a carne dos animais se tornou tóxica para consumo humano e praticamente não existem mais animais em lugar nenhum desse mundo. Então o canibalismo passa a ser legalizado. Sim, exatamente, existem criadouros, açougues, abatedouros de humanos para comercializar a carne dessas pessoas. 


O livro não chega a ter duzentas páginas mas ele é absurdo e bastante conflituoso. Ele vai do ponto A ao ponto B e não se propõe a explicar nada pra você, só o que é realmente necessário pra acompanhar a história e o texto é bastante frio e é exatamente aí que tá a genialidade desse livro. A autora fez uma critica muito boa à hipocrisia humana, de como a gente se acostuma com absurdos, como criamos malabarismos pra poder ter menos peso na consciência, sabe? 


Eu não sei dizer se exatamente é um livro “gore” mas é bastante explícito porque fala dos criadouros, da forma como essas pessoas são menos pessoas que o resto do mundo, sobre como funciona o abate e como é feita a criação de “carne de qualidade” que também é um ponto bastante importante do livro.


“Nós já comemos uns aos outros de forma simbólica, então comer de verdade seria só uma forma de ser menos hipócrita.”


O personagem principal trabalha num desses frigoríficos e também conta sobre os próprios dilemas no casamento, na vida e sobre essa atrocidade toda. Tem muita coisa acontecendo nesse livro e eu fiquei presa nele, de verdade. Em muitos momentos eu precisei parar de ler por conta de ter vontade de vomitar (eu não como carne, pra quem não sabe), precisa de muito estômago pra ler esse livro.


Eu gostei muito da forma como o livro é escrito e, apesar do final meio polêmico e abrupto, eu gostei bastante e achei que o livro é muito bom naquilo que se propõe a fazer. Foi o primeiro livro que li nesse ano e foi um favoritado, mas, novamente, tenha em mente que esse livro tem coisas gráficas e é bastante perturbador.


Por hoje é isso! Espero que tenham gostado e me perdoem eventuais falhas no texto, faz tempo que não escrevo assim (risos).

 Olá pessoas, como vocês estão por ai?

Faz um tempão que não apareço por aqui. A vida tem me dado muitas rasteiras e eu demorei mais do que o previsto pra conseguir me organizar e colocar as coisas no lugar novamente, mas acho que finalemnet estou chegando em algum lugar.

Hoje eu vou contar sobre um livro muito especial pra mim, eu trabalhei nesse livro bem antes do lançamento e foi uma experiência muito gratificante acompanhar essa história ganhando forma. Antes de começar, devo dizer que esse post, deveria ser um vídeo, mas com todas as coias que vêm acontecendo, não consegui gravar e resolvi escrever sobre ele. Confesso que não sei se ainda sei escrever um texto informal, mas juro tentar HAHAHAHAH


Sinopse: Sofia tem o privilégio da classe média branca: faz cursinho particular e não precisa andar de ônibus, mas ele não pode salvá-la de todas as críticas de sua mãe.

Teodora mora em um bairro (quase) inofensivo, desde sempre soube que precisa lutar duas vezes mais para conseguir seu lugar, por ser negra, e tem dois melhores amigos inseparáveis. Ela mantém um canal no YouTube no qual publica vídeos cantando, pois seu sonho há de chegar: entrar na faculdade de música.

Sofia e Teodora se conhecem em uma aula de teatro e, rapidamente, tiram conclusões precipitadas uma da outra. Entre encontros inesperados e conversas on-line sobre música e livros, as meninas se aproximam e reconsideram seus pré-conceitos formados.

Aos poucos, Sofia e Teodora precisam entender o que sentem enquanto lidam com suas próprias indagações internas. Afinal, elas querem amizade ou romance?



LEIA


 Começo ressaltando que esse livro fala de assuntos que podem ser sensíveis para algumas pessoas, como maternidade tóxica e lesbofobia, então tome cuidado na leitura.

Bom, quando falamos sobre histórias lésbicas é quase que um consenso, (mas não deveria) que as lésbicas passam a história toda sofrendo, as vezes nem ficam juntas e é só um amontoado de desgraça. Mas ainda bem que não é isso que acontece aqui.

Esse livro pode facilmente ser a história de alguém, inclusive eu me vejo muito na Sofia e na Teordora, em situações de insegurança, de não ter amigos depois de me entendender lésbica, de ter medo da reação dos meus pais ao comunicar quem eu sou e todo esse rolê, acho que é por isso que esse livro é tão significativo pra mim.

Em À Luz do Dia temos muitas referências a cultura pop, tem muita arte e muitos livros, inclusive Sofia é uma leitora assidua e já leu muitos livros que eu amo, acho que seriamos ótimas amigas HAHAHAHAHAHA! 

Nina foi extremamente certeira em criar essas duas meninas que são tão diferentes mas que têm inseguranças e dilemas extremamente parecidos e que se transbordam de uma forma muito magnifica. Muitas vezes, quando li romances adolescentes, sempre vi a coisa da paixão avassaladora que muitas vezes parece inverossimil, (comigo isso só aconteceu uma vez, e eu casei com ela), nesse livro tudo é real. As meninas estudam pro vestibular, fazem aula de teatro, tem medo de falar em público, tem questionamentos e sempre fica aquele frio na barriga mas também são bastante cautelosas, assim como eu. 

Juntando tudo isso e mais um monte de coisas tem um romance bonito, real, sobre se entender lésbica, ter rede de apoio, enfrentar a vida e tudo que ela nos impõe enquanto mulher lésbica. É, com certeza uma das minhas histórias favoritas da vida e se você procura isso, aposte nesse livro que eu tenho certeza que você vai se emocionar com essas meninas. 

Espero que tenham gostado da dica e que o texto faça sentido hahahah até a próxima!

 Olá pessoas, quanto tempo né?!

Eu andei meio sumida por questões pessoais e tentanto entender tudo que tava rolando. Também fui atravessada pela vida e acabei precisando priorizar a minha carreira como professora ao invés do blog, afinal ser professora é o que paga minhas contas né, surto.

Hoje eu vim contar um pouco sobre a experiência de ler Última Parada, de Casey McQuiston e que tem a tradução de Guilherme Miranda (gente eu AMO as traduções dele!!) e já adianto que foi uma leitura INCRÍVEL. Inclusive, obrigada Editora Seguinte por ter me mandado esse hino!


Tá, vamos do começo. Primeiramente conhecemos August Landry, ela tem 23 anos e tá se mudando pra Nova York na cara e na coragem mesmo. Ela é bem cética e na minha opinião, se deve ao comportamento da mãe dela e de outras coisas que a gente descobre durante o livro. Voltando, ela vai pra Nova York e divide um apartamento com outras três pessoas, todas extremamente excêntricas na visão dela. Arranja um emprego, começa a faculdade e tudo certo até ai.

Até que em um belo dia, no metrô, a August vê uma menina muito bonita e é NESTE PONTO que conhecemos a Jane!!!!!!!!! A Jane sempre tá no metrô quando a August aparece e até então, tudo isso parecia coincidência. Elas começam a conversar e criam uma espécie de laço.

O grande problema começa quando a gente (junto com a August) que a Jane está presa no trem desde os anos 70! A Jane pertence aos anos 70 e ela não pode sair do trem de jeito nenhum! Então, August e seus amigos tentam entender o que rolou com a Jane e tentar tirar ela dessa coisa temporal maluca. 

E é assim que temos a formula perfeita pra uuma farofada sáfica com um monte de personagem LGBTQIAP+.

"Ninguém sabe bem quem é, e adivinha? Isso não quer dizer porra nenhuma. Só Deus sabe como estou perdida, mas vou encontrar meu caminho. [...] Tipo... olha, eu saía com uma menina que era artista, certo? E ela desenhava anatomia, mas começava deixando um espaço vazio em volta e, depois, preenchia com as pessoas. É assim que estou tentando enxergar as coisas. Talvez eu não saiba como me preencher ainda, mas consigo olhar para o espaço ao redor, onde estou no mundo, o que cria o contorno, e consigo me preoccuparr com o que torna esse mundo o que ele é, se é bom, se machuca alguém, se faz pessoas felizes, se me faz feliz. E isso pode ser o suficiente por enquanto."

Eu li Vermelho, Branco e Sangue Azul já faz um tempinho mas foi uma história tão marcante pra mim que eu lembro dos detalhes dela até hoje! Eu li junto com a minha melhor amiga e foi surto atrás de surto durante a leitura, a única coisa que me incomodou e me incomodou em Última Parada, foi o tamanho dos capitulos. Eu não consigo manter o foco na mesma leitura por muito tempo e capitulos grandes me cansam bastante, mas não pense que a história é cansativa porque não é!

Ler esse livro é um misto de sentimentos, sabe aquela coisa de rir e chorar ao mesmo tempo? É isso! Casey trouxe muito sentimento pra esse livro, falou sobre muitos conflitos que eu também tenho dentro de mim e tudo isso de uma forma que não soa tão pesada como realmente é, tudo tem um alívio e isso foi uma das coisas que mais me encantou no livro.

Claro que eu não poderia deixar da falar da Jane, a personagem lésbica desse livro e cara, ela é tudo! Eu gostei muito da construção dela, os conflitos que ela tem são muito bem abordados e é uma graça ver a interação dela com a August por que ela nunca viu um celular e ela aprendendo a mexer em um e conhecendo a vida de agora é uma coisa tão fofinha sabe?!

No mais, o livro é incrivel, eu adorei cada segundo dessa leitura e tô muito animada pra ler o outro livro de Casey, eu quero muito que essa tradução chegue amanhã HAHAHAHAHA 

Por hoje é isso! Me conta se você já leu esse livro e o que achou!

Não se esqueça de beber água <3

 Olá pessoas, como vocês estão?

Quanto tempo né?! A minha vida anda bem virada e muita coisa têm acontecido, acabei precisando priorizar outras coisas, muita coisa pra resolver e minha cabeça não ajudou em muitos momentos. Acho que desde que a pandemia começou eu vivo num constante reinventar, reajustar, recalcular. Você também se sente assim? Então Eu vou postando por aqui conforme der, não prometo mais frequencia nem nada, mas vou testar coisas novas e ver se dá certo. 

Bom, vamos ao livro de hoje!


 Sinopse: Elsie e Ben pareciam ter todo o tempo do mundo: vinte e poucos anos, recém-casados, apaixonados. Entre eles as coisas sempre aconteceram depressa, como uma explosão irrefreável de energia. Elsie só não tinha como saber que o brilho de seu romance seria tão fugaz.
Pouco mais de uma semana depois de se casar, Elsie perde Ben em um acidente e sente o futuro se desfazer diante de seus olhos. Só o que resta é um eterno agora, carregado de questões não resolvidas do passado. Para atravessar sua dor, Elsie precisará inevitavelmente olhar para trás. Não só para entender a dimensão de sua perda, mas também para conhecer a nova família que nunca chegou a ter ― e para descobrir, enfim, quem ela se tornou depois de ter seu final feliz interrompido. (Trad. Alexandre Boide)

Não é segredo pra ninguém que eu amo a TJR né, tudo que ela escreve eu me emociono e choro muito. Agora com a noticia de que vários dos livros dela serão adaptados, eu digo com convicção: EU NÃO QUERO MAIS SABER DE DEPRESSÃO E COISAS PRA BAIXO!!!!!!!

Voltando, esse foi o primeiro livro que a Taylor publicou e nossa, que história. A gente já comreça a história sabendo que o Ben vai morrer, mas ele morre de um jeito tão "bobo" que eu fiquei até meio chocada, mas é ai que começa uma jornada da Elsie que eu, que nunca passei por um luto, me identifiquei em tudo.

Depois da morte do Ben, o livro vai alternando a narrativa entre o antes da morte dele e o depois, contando como foi a construção desse relacionamento e como a Elsie tá lidando com essa perda. Ela passa por todas as fases do luto de uma forma muito forte, principalmente pelo fato de que: sua certidão de casamento nunca chegou e a mãe do Ben não sabia quem ela é, elas se conhecem no dia da morte do Ben. Sim, um surto.

Como todos os livro da Taylor, a leitura é extremamente fluida e envolvente, eu nunca vou cansar de falar que a Taylor tem um dom de criar personagens tão perfeitamente imperfeitos que chegaa ser impossivel não se conectar com o sofrimento da Elsie em algum momento. Vocês devem imaginar que eu chorei como uma maluca do meio pro final do livro, não tinha como ser diferente.

Eu recomendo muito essa leitura, esses livros da Taylor que são fora do mundo da fama são ótimos e eu me conecto muito com eles! Agora só falta um livro da Taylor pra eu ler todos os que foram lançados no Brasil, espero poder ler logo.

Me co nta aqui se você já leu esse livro e o que achou dele! Até o próximo post!

 Olá pessoas, como vocês estão? Por aqui tá indo, tá chovendo bastante por aqui e tá cada dia mais dificil sair da cama nesse friozinho, eu só tenho vontade de ficar na cama o dia todo lendo ou vendo série HAHAHAHAHAH

Mas hoje eu vim falar com vocês sobre um livro que eu queria muito ler desde que foi lançado na gringa e eu vi várias pessoas falando, mas eu só consegui ler no fim do ano passado e nossa, que leitura pessoal e avassaladora, sério.


Tradução de Maira Parula

A busca por um apartamento não costuma ser uma situação de vida ou morte, mas uma visita imobiliária toma tais dimensões quando um fracassado assaltante de banco invade o apartamento e faz de reféns um grupo de desconhecidos. O grupo inclui um casal recém-aposentado que procura sem parar, casas para reformar, evitando a verdade dolorosa de que não é possível reformar o casamento. Há um um casal que, prestes a ter o primeiro filho, não concorda sobre nada. Acrescenta-se uma mulher de 87 anos que já viveu demais para temer uma ameaça à mão armada, um corretor imobiliário assustado, mas ainda disposto a vender, e um homem misterioso que se trancou no único banheiro do apartamento, e assim completamos o pior grupo de reféns do mundo. Cada personagem carrega uma vida de reclamações, mágoas, segredos e paixões prestes a transbordar. Ninguém é exatamente o que parece. E todos ― inclusive o ladrão ― estão desesperados por algum tipo de resgate. Conforme as autoridades e a imprensa cercam o prédio, os aliados relutantes revelam verdades surpreendentes e desencadeiam eventos tão inusitados que nem eles próprios são capazes de explicar.


 O livro tem um estilo de narrativa que eu gosto muito, o autor alterna entre o apartamento onde o assalta está acontecendo, o passado dos envolvidos nesse assalto e depois que a situação toda termina, tando os reféns quanto o próprio assaltante de banco, então é quase como se alguém tivesse numa mesa comigo e me contando essa história que vai e vem sabe?! Gosto muito de acompanhar histórias nesse formato.

Devo ressaltar que o plot do livro não é lá muito impressionante e nem me deixou muito surpresa, durante a narrativa o autor dá muitas pistas, o que me tocou mesmo foi a jornada daquelas pessoas, como elas foram parar naquela apartamento na véspera da véspera de ano novo e como o autor conseguiu amarrar todos os personagens a uma única narrativa que se encontra em algum ponto, esse tipo de narrativa me encanta demais, sério HAHAHAHAH

O livro tem capitulos bem curtinhos e que me conquistaram desde o começo, na verdade, bem antes disso, na dedicatória que diz assim "Este livro é dedicado às vozes em minha cabeça, que são minhas amigas mais surpreendentes. E à minha esposa, que mora conosco" e eu me identifiquei TANTO com essa frase, juro HAHAHAHAHAHAHAHA

Eu cheguei a falar sobre esse livro na minha terapia, foi uma situação muito maluca, eu entrei tanto na narrativa que em alguns pontos parecia que era eu quem estava vivendo aquela situação, sabe? Surreal.

Como uma pessoa diagnosticada com ansiedade, devo alertar que esse livro pode ser gatilho pra algumas crises, pois tem cenas muito descritivas de suicidio e fala muito sobre transtornos mentais, fica aqui o aviso de que se você sentir incomodado com a narrativa, pare de ler e procure ajuda profissional, ok?

Por fim, ainda não vi a adaptação do livro que tá disponivel na netflix, mas vi algumas pessoas elogiando bastante. Estou bem animada. Me conta se você já leu esse livro, se já viu a série, o que achou?

Por hoje é isso, até o próximo post!