Antologia Resistência
Organizado por Maria Freitas
Editora Resistência
Nota 5/5 + 

Sinopse


O que define a Resistência?

É o ato de lutar?
Ou de fugir?

De amar?
Ou de sobreviver?

É ser parte de um movimento?
Ou ser o movimento?

É viver um dia de cada vez?
Ou se libertar?

É lutar contra si?
Ou contra a opressão?

É caminhar pelas ruas?
Ou fugir pelo mar?

É viver para ser quem você é?
Ou morrer para que o outro também seja?

É viver, em si? Existir? Ser?

O que define a Resistência?




"O que antes era aplauso, sutilmente se transformou em vaia. O que antes era exclamação, subitamente virou interrogação."

Resenha


Perante essa sinopse, pra quem me conhece, pode perceber o meu incômodo e ao mesmo tempo satisfação de falar sobre esse livro, que, realmente, são 170 páginas de puro ativismo.

A Antologia é composta por 15 contos e mais 15 Cenas pretas.

Os contos abordam, nem sempre de uma maneira fácil de ser lida, luta. Temos contos que falam sobre palavras que foram proibidas, sobre mulheres negras que não são reconhecidas, sobre asiáticos que oprimem e se colocam num patamar superior, sobre o governo, muitos assuntos que trazem umas reflexões muito pesadas, tristes e, sem sombra de dúvidas, necessárias

As Cenas Pretas, que por sinal, é o que fez o livro ser o que ele é e foi o que me matou (explicarei o porque), são microcontos (acho que o nome é esse), que não dão mais do que uma página, mas viu, que incomodo. Como o próprio nome já diz, são cenas de pessoas negras que contam, por exemplo, uma mãe ser confundida com babá só pelos cabelos de dreads e sua cor; uma moça que vai ministrar a reunião, ser confundida com a faxineira, uma moça que vai ao salão pra deixar o cabelo natural e escuta das amigas “que cabelo estranho é esse?”, entre outras situações. Na minha opinião, essas cenas, foram a melhor coisa do livro.

Ah, antes que eu esqueça de falar, o lançamento virtual dessa antologia será dia 31, confirme presença no evento, clicando aqui (será no instagram da editora)


" [...] falava apenas que a homenagem era à uma vitima de violência doméstica. Não falava que a vítima morrera. Mas, se estava viva, isso não deveria ser uma coisa boa? Pelo visto não. Só tinha valor morta."

Opinião


É muito dificil pra mim descrever o que eu senti com essa leitura, então isso aqui vai soar um pouco como um desabafo.

Eu, sou branca e fui criada por uma familia muito bem de vida, vivi numa bolha praticamente a vida toda, sempre estudando em escolas particulares e toda essa ladainha, até que, entre muitos conflitos e afins, eu me assumi lésbica e meus pais, que sempre foram amorosos comigo, me chutaram de casa com 16 anos. Mesmo tendo que me virar tão nova e sendo casada com uma mulher negra, eu demorei muito pra me desconstruir e todo dia é uma desconstrução diferente, acho que isso nunca vai parar.

Pois entendam, eu tenho sim, até hoje muitos preconceitos e essa leitura foi um tiro na minha cara justamente por isso. Depois de terminar esse livro, eu fiquei pensativa por muito tempo, eu fiquei revendo MUITOS aspectos da minha existência.

"Que derrota horrível foi essa que nos fez levantar e dizer que resistiremos? Porém, já parou pra pensar no porquê de você ser Resistência?"

Esse, é com toda certeza, um livro que eu vou guardar pra vida. Afinal, eu consegui entender, ou quase isso, que Resistência tem “por quem” e “pra quem”. Vou parafrasear alguns trechos do prefácio do livro, escrito pela Maria.  Afinal, você resiste pelas/os trans que morrem espancados na rua só pelo fato de não serem “passaveis”? Você resiste pelo direito de todos nós termos uma educação de qualidade e com o mínimo de influências políticas e religiosas possível? Quem são aquelas meninas que não amam? Que lutam pra se encaixar num padrão absurdo? Você resiste pelos negros que estão presos por andarem na rua com um guarda chuva? Você resiste pelas crianças mortas injustamente porque alguém pregou que ter ódio pode ser maneiro? Você resiste pelas pessoas que não podem ir e vir igual você? Você resiste pelos povos indígenas que tão perdendo as terras pro agronegócio?

É Resistência, mas pra quem? Por quem?

E ai meus brilhinhos, tudo bem?

Hoje temos uma novidade bem legal aqui, a minha amiga, a Adriana, resolveu atacar de blogueira e eu como boa amiga cedi um espacinho pra ela! Espero que vocês gostem da primeira resenha dela e deixem amor pra ela aqui, quem sabe ela faz mais resenhas né?!


O Amor de Mau Humor - Uma Antologia de Frase


Castro, Ruy - Companhia Das Letras

Nota: 4
Sinopse:
Organizada por Ruy Castro, O amor de mau humor é uma hilariante antologia sobre a relação homem-mulher. De um lado, Bette Davis, Collete, Simone de Beauvoir, Leila Diniz, Zsa Zsa Gabor, Dercy Gonçalves, Fran Lebowitz, Ângela Ro-Rô, Mae West, Virginia Woolf e muitas mais. Do outro, Woody Allen, Chico Buarque, W. C. Fields, Ernest Hemingway, Antonio Maria, Vinicius de Moraes, Tim Maia, Nelson Rodrigues, o Marquês de Sade etc. etc. Cuidado: todos eles têm a caneta cheia de veneno.



Resenha:
O Amor de Mau Humor é um livro de antologia de frases de pessoas famosas, com uma certa dose de humor. Achei bem interessante, a leitura é rápida, relaxante, e me tirou algumas gargalhadas ao longo do livro.

Seus capítulos são ordenados de A a Z, com vários temas, dentre eles Amor, Mágoa, Vaidade entre outros.

Selecionei algumas frases que me chamaram a atenção, fazendo refletir um pouco sobre a vida.
Segue algumas frases abaixo:

“Qualquer garota nasce sabendo tudo sobre o amor. O que aumenta é apenas a sua capacidade de sofrer por causa dele.” – Françoise Sagan

“Amigo é aquele que sabe tudo a seu respeito e, mesmo assim, ainda gosta de você.” – Kim Hubbard

“Quem não conheceu o preço da felicidade, nunca se sentirá feliz.” – Eugene Ievtushenko

“A intuição é aquele estranho instinto que permite a uma mulher saber que está certa, esteja ela ou não.” – Helen Rowland

“A vida não é um conto de fadas. É um conto de fatos.” - Henri Jeanson

E minha preferida:
[Ao ser perguntada se a vida não era amarga]:
"Que amarga? Vocês é que botam amargura em tudo. Pois botem açúcar!" - Dercy Gonçalves


Agora que hype passou podemos analisar a série com mais calma, tenho que dizer que estava ansiosa para a chegada dessa série ao catálogo da Netflix. Boraaaaa


Sinopse: Guinevere Beck (Elizabeth Lail) é uma aspirante a escritora, que vê sua vida mudar completamente ao entrar em uma livraria no East Village, onde conhece o charmoso gerente, Joe Goldberg (Penn Badgley). Assim que a conhece, Joe tem certeza de que ela é a garota dos seus sonhos, e fará de tudo para conquistá-la — usando a internet e as redes sociais para descobrir tudo sobre Beck. O que poderia ser visto como paixão se transforma em uma obsessão perigosa, uma vez que Joe não vai medir esforços para tirar de seu
caminho tudo e todos que podem ameaçar seus objetivos.


O que podemos dizer sobre essa série, de ínicio o negócio perturbador esse protagonista. Eu achei a história muito bem construída,não sei vocês mas fiquei com aquela sensação de estar vendo as vezes Gossip Girl, Talvez seja a escolha do ator Penn Badgley, já adianto de antemão que Mesmo o Dan sendo quem é ( Não vou dar Spoiler de Gossip Girl mas talvez você tenha pegado no ar) jamais faria metade das coisas que o Joe.

Em paralelo com o Livro algumas coisas são deixadas de lado como o fato de Joe se planejar muito para fazer algumas coisas. Na série ele conta muito com a sorte em certos pontos.

Gente queria dizer que não simpatizei muito com a protagonista Guinevere, mas isso é uma questão minha de gosto mesmo.

Como na  adaptação a série até que se saem bem, algumas mudanças ali e aqui mas apenas o final é significativo.

Queria dizer que o enredo trata com seriedade o assunto de stalker e francamente não entendi aquele alvoroço de pessoas romantizando o Joe, a mensagem é bem clara diante das decisões e consequências das ações dele.
Não tem como falar  muito da série sem dar spoiler, mas é boa e recomendo particularmente eu vi em uma sentada.
Você já viu? Conta pra mim o que achou e vamos aprofundar esse assunto com spoilers.
Forte abraço





E ai meus brilhinhos, tudo bem?

O nosso café de hoje é com uma pessoa muito, muito especial pra mim, a Maria.

Minha história com a Maria chega a ser um tanto engraçada. Eu conheci ela através do Alan, e eu morria de vergonha de falar com ela, porque nas redes sociais, sempre tive a impressão que ela era muito séria, mas um dia tomei coragem e fui falar com ela, e deu no que deu.

O primeiro livro que li dela, foi a A vida perfeita de Teca, que eu comi o livro praticamente. Foi uma leitura muito arrebatadora porque eu me identifiquei com a Teca o livro todo, porém meu coração é todo da Ana.

Todos os livros dela tem um significado muito especial pra mim, e ela mesma tem toda a minha admiração. Pra quem não sabe, foi ela quem deixou o blog bonito assim. Então, fique você sabendo que além de escritora, Maria compõe músicas e canta, é designer, dona da Editora Resistência, e trabalha junto com a Thais que é jornalista e como se não bastasse, ela é booktuber e também faz resenhas no instagram dela. Socorro!!

Bom, vamos ao nosso café!!



Começando do começo, eu li dois livros seus até agora, Cris e Teca, e deu pra perceber que ambos têm a presença MUITO marcante do ódio. Por que escrever livros tão fortes com esse tema?
Porque eu escrevo sobre o mundo. Escrevo quando sinto raiva, quando algo me entristece. Escrevo porque o mundo é mau, mas ao mesmo tempo é maravilhoso. E gosto de falar sobre pessoas, porque nós somos capazes de nos ferir terrivelmente, porém, eu ainda acredito que somos capazes de amar, de nos unir e de lutar.

De onde veio a ideia de criar a Teca? Eu me identifiquei muito com a personagem, tanto que dei um tempo nas redes sociais por causa dela. Como foi criar todo aquele universo perverso e falso da Teca?
A Teca surgiu de um incômodo: o fato de as redes sociais terem deixado tão nítida a falsidade humana. A personagem representa essa necessidade de mostrar uma vida que não temos e o quanto isso passou a influenciar diretamente o comportamento das pessoas. Tem gente por aí ficando doente para ter uma vida igual a das famosinhas do Instagram. Isso é triste!

E a Cris? Como ela nasceu? De onde veio todo aquele plot da história? Outra coisa, eu só entendi o porque do Spin-Off do Henrique depois de ler Cris, mas mesmo assim, porque ele? Porque não o Pedro?
Na verdade, eu escrevi As razões de Pedro antes de As razões de Henrique. Porém, como a maioria dos leitores gosta do Henrique e o livro seria um brinde, eu pensei que seria melhor escrever um livro sobre ele. Além disso, eu queria falar mais sobre a questão da bissexualidade do personagem. Eu já tive o desprazer de ouvir que Henrique é gay e a Cris é só uma amiga dele... Então, acho que é muito necessário falar mais sobre o personagem. O Pedro tem muito o que contar, sim, mas um livro dele seria triste demais. (mas a gente quer sim!! comentário do Unicórnio)

Como é escrever livros com pessoas LGBTQI+ e de minorias onde o preconceito, o ódio, é tão presente? Cê acha que esse tipo de livro transforma pessoas? E, vendo que essas minorias estão tendo cada vez mais espaço no mundo da literatura, como é fazer parte disso?
Eu estava lendo um prólogo escrito pelo Vitor Martins e pensando sobre o fato de eu, como mulher bissexual, nunca ter me sentido verdadeiramente representada em livro nenhum. Ainda sigo nessa busca, inclusive, creio que seja essa busca que me faça escrever sobre minorias. Vemos tantos livros perpetuando coisas nocivas, relacionamentos abusivos, racismo, machismo, rivalidade feminina; e tão poucos mostrando a gente; me mostrando, mostrando você, Thaís, Alan, aquela menina negra que sofria bullying na escola e só lia livros sobre meninas brancas encontrando o amor.

Sobre transformar pessoas, não existe nada mais transformador do que se ver representado. Eu me lembro da primeira vez que fixei na minha mente que talvez eu pudesse ser diferente das minhas amigas. Foi assistindo Glee. A representatividade nos ajuda a ver quem somos e que o que somos é normal.

Eu tenho minhas suspeitas, mas de onde surgiu a ideia de criar a Editora Resistência? Antes, quero parabenizar pelo projeto da antologia com o nome da editora, estou bem ansiosa. Mas como isso nasceu? Criar uma editora que fale sobre minorias, que são maioria, é muito fantástico!!
A Editora nasceu da minha insatisfação, com o governo eleito e com o mercado editorial independente. Pensei que pudesse, devagarzinho, criar um espaço para livros nos quais eu acredito.

Você também começou no wattpad. Qual é a sensação de ver teu trabalho crescendo e mudando tanta gente? MANO LIVROS FÍSICOS AAAAAAAAAAAAAAAAAAAH
No fim das contas, depois de tudo, acho que posso dizer que o mais importante é chegar até as pessoas (claro que sem desvalorizar o seu trabalho). Ou seja, o livro físico, para mim, é uma maneira de alcançar aquelas pessoas que eu não alcançaria no Wattpad ou na Amazon.

Eu tenho visto muitas pessoas reclamando do mercado editorial, qual o caminho que tu trilhou até publicar os físicos e ser dona de uma editora? É mais fácil publicar de forma independente do que correr atrás de editora?
Trabalho, mana. O trabalho é o caminho. Eu, sinceramente, não sei dizer a você qual é a melhor forma de publicar um livro. O que posso dizer é que cada projeto tem uma particularidade e que, não importa o jeito, você vai ter que trabalhar muito.

Agora faça seu merchan, fale da sua vida, suas redes sociais, os livros que tu lê, tua história no mundo a escrita, sua playlist, SPOILER DE FINANCIAMENTO COLETIVO DA TECA E DA ANTOLOGIA, tudo que a fã desesperada por mais um tapa na cara quer saber.
Ai, não sei o que falar. Direi apenas: me siga no Twitter! É lá onde eu costumo falar sobre o que sou, as dúvidas que tenho, o que gosto e o que não gosto. Faço confissões, solto spoilers de projetos, xingo pessoas e o presidente. É isso, me siga no Twitter @themariafreitas e interaja comigo! EU SOU LEGAL (mentira!).



Agora, vou deixar algumas das redes sociais da Maria pra vocês conhecerem melhor o trabalho dela e as resenhas que eu já fiz dos livros dela e alguns sobre a Editora Resistência.


Esse foi o nosso café de hoje, espero que tenham gostado, comentem o que acharam, se tiverem mais alguma pergunta, coloca ai nos comentários que a gente dá um jeito de fazer ela responder!

Beijos e brilhos e até mais!!




Do que são feitas as Estrelas
Jana M. Meilman
In Media Res Editora
Nota 5/5 

*Ebook cedido em parceria com a editora*

Sinopse


O que torna uma pessoa comum em alguém extraordinário?
Como realizar um sonho que parece ser impossível?
Afinal, do que são feitas as estrelas?
Todas essas questões não saem da cabeça de Malu, uma jovem que deixou o Brasil para estudar na Watson School, uma das escolas de Artes Cênicas mais importantes do mundo, famosa por transformar seus alunos em grandes estrelas.

A escola que fica em Nova Iorque é o ponto de partida na jornada de Malu, que vai precisar fazer escolhas difíceis e superar uma tragédia inimaginável que transformará para sempre a sua forma de encarar a vida.

A força para realizar o seu sonho, Malu encontrará em pessoas especiais que surgirão em seu caminho, entre elas, Sofia López uma mexicana carismática que faz parte de uma família singular, e Lauren Cogley uma irlandesa determinada e nem um pouco convencional.

Juntas, as amigas vivem aventuras, romances, descobrem a força da amizade e do que são feitas as estrelas.

Resenha


Nesse livro, mesmo tendo mais de uma narrativa, a principal é a da Malu, uma moça que sempre quis ser atriz e estudar na Watson, e diante de algumas adversidades da vida, ela vai adiando o sonho dela, mas um belo dia ela passa na Watson, parte pra Nova Iorque com a cara e a coragem em busca do sonho dela e é ai que tudo começa!

Logo no primeiro dia, ela consegue a façanha de entrar na escola com um casaco super mega chamativo e como se não bastasse, ainda consegue levar um baita dum tombo e é nessa parte que entram em cena as outras duas estrelas! A mexicana Sofia e a irlandesa Lauren.

Elas se identificam logo de cara e viram muito amigas, Malu mora no mesmo apartamento que a Lauren, um alojamento da escola e a Sofia mora em outro lugar, até quase a metade do livro, a Sofia é bem um mistério.

Todas estão ali em busca dos sonhos delas de se tornarem atrizes de sucesso alguns capitulos são narrados pelas meninas também. Tem também uma playlist super mega fofa pra acompanhar a leitura.

Entre problemas, desafios, saudades, perdas, medos e alguns mistérios, eu descobri, com esse livro, do que são feitas as estrelas!



Opinião


Recebi um convite da editora pra resenhar esse livro e como eles tavam falando bastante desse livro nas redes sociais deles, aceitei logo de cara, mas JAMAIS imaginaria que iria engolir esse livro, levando em conta que nunca li nada da Jana.

A trama do livro é bem amarrada e tem muitas surpresas ao longo da história, as personagens são tão bem construídas que em muitos momentos do livro eu ouvia a voz delas me contando o que tava acontecendo.

Fiquei agoniada em alguns pontos (que não posso falar por ser spoiler), mas a Jana escreve tão bem que eu não conseguia parar de ler, e quando eu achei que tava tudo bem, que o livro podia acabar ali, a Jana deve ter pensado “não meu anjo, não vai acabar assim não” e BUM! Tem uma tragédia quase no fim da história que me deixou com medo de saber o final.

Mas realmente, é um livro emocionante, cheio de coisas reais, talvez um pouco clichê, mas fiquei de coração aquecido e muito, muito feliz com essa leitura, chorei igual condenada dos 80% do livro pra frente, mas tudo bem, vida que segue.

Só posso dizer que eu descobri do que são feitas as estrelas e amei acompanhar a jornada das meninas, o ruim desse livro é que ele acaba (risos).

Leiam esse livro, prometo que vocês não vão se arrepender!!


Autora: Larissa Ribeiro
User: @larisribeiro
Nota: 5/5
Wattpad

Sobre a obra:

Alice Rocha tem 22 anos e nunca beijou alguém. 
         
        Você pode achar isso uma tragédia, mas Ali não ligava nenhum pouco pra isso, seguia sua vida como achava melhor e quem não gostasse era só dar tchau e ir embora.  
         
        Você também deve estar a imaginando utilizando rótulos que a sociedade institui como feios só porque ela nunca beijou alguém. Bom, em primeiro lugar, não existe isso de feio ou bonito, existem pessoas! Pessoas lindas dos jeitinho que são! E Ali é uma delas, com seu cabelo volumoso e cacheado, corpo magro e negro, além dos lábios grossos. Ali é inteligente, dona de si e focada em seus objetivos. E beijar, por enquanto não era um deles. 
         
        Ela e sua melhor amiga, Beatriz Soares, eram unha e cutícula, mesmo sendo tão diferentes, já que Ali é calmaria, Triz explosão. Mas tudo mudou com o Apocalipse. Não, zumbis não atacaram a Terra, mas quando sua vida é exposta para todos parece realmente o fim do mundo.  
         
        Depois desse acontecimento as duas melhores amigas tiveram que aprender a conviver longe uma da outra. Assim, Ali começa a se aventurar e a contar seus relatos de vida e pensamentos sobre alguns assuntos em vídeos no seu canal do You Tube. Nada de baixar a cabeça e ficar chorando as pitangas enclausurada no quarto, Ali vai se auto conhecer e mostrar o seu poder para todos. 
         
        Aperta o play, quer dizer, clica aí pra ler e vem conhecer a Ali e descobrir como a história dela vai se desenvolver. #trofeuliterario 
         
        ------- 
         
      História ganhadora do prêmio Wattys 2017 na categoria Grandes Descobertas. 
  
 Primeiro lugar como melhor história de Literatura Feminina do projeto realizado pelo blog Uma Dose A Mais. 
  
        Para mais informações entre no grupo do facebook: Histórias da Lari 
         
        Ou entre em contato com a autora pelas redes sociais: 
        Twitter e Ask - @lariscoribeiro 
  
Minha Opinião: 
  
Sumi, mas estou de volta, e essa resenha vem muito bem a calhar com está data, já tinha salvado esse livro a um tempo atrás para ler, porém por alguma razão só comecei ler esse ano, um livro que é muito mais do que o título aparenta. 
"Quando eu sentisse atração por alguém eu logicamente tentaria ficar com ele, mas as opções de meninos dessa cidade não faziam nem cócegas em mim. Preferia morrer sem beijar a ficar com garotos machistas que viam as mulheres como pedaços de carne e sendo submissas a eles. Não querido, obrigada, pode ir embora."
     Nunca fui beijada, não tem nada haver com o filme drama adolescente de mesmo nome estrelado por Drew Barrymore, que aproposito tenho que criar vergonha na cara e assistir ele inteiro, visto que ou só assisto ou começo, ou só o meio, ou só o final, nunca tudo junto, todavia isso não vem ao caso. 
"- Como um príncipes encantado em um cavalo branco para me salvar? - arqueei minhas sobrancelhas.
- Não, só o cavalo para você montar nele e sair galopando por aí, se salvando sozinha. - ela sorriu e depois dessa frase a coloquei na minha listinha de pessoas maravilhosas."

Então, se prepare que esse livro forte, lindo e de empoderamento tem muito mais conteúdo e não é nenhum clichê adolescente. É um livro que te inspira e mostra que não devemos nos abalar com os percalços que aparecem no caminho. 
"É horrível saber que as pessoas acham errado o modo como sua vida é e querem impor algo para você. Use isso, Beba isso, faça sexo.
Eu não quero fazer isso! Eu não quero fazer algo para me enquadrar no grupinho de vocês ou me tornar uma garota "normal". Aliás, ninguém é normal."
Alice vê sua vida mudar quando sua até então melhor amiga bêbada sobe no palco ao lado do DJ, e diante de todos da festa anuncia que ela nunca foi beijada, e meio que fazendo uma propaganda para que alguém a beije, fazendo Ali ser o assunto do momento, e apostas com o seu nome a conterem. E é a parti daí que tudo se desenrola. 
"- A lição desse vídeo de hoje, pessoal, e que nos mulheres cansamos de ser brinquedinho de vocês. Não vamos baixar a cabeça por conta dessas idiotices. Se vocês vão me humilhar? Bom, eu também sei fazer isso. Se vocês acharam que seria a garotinha indefesa que ficaria chorando pelos cantos a espera do príncipe encantado, estão muito enganados. Vocês têm que entender que existem dezenas de motivos para que alguém não faça algo, mas o maio de todos é porque ela simplesmente não quer fazer isso agora. E já somos grandes o suficiente para parar de fazer as coisas só porque A, B e C estão fazendo. Nossa vida não é um filme em que o cara que fez a a aposta para ficar com a gente vai se apaixonar perdidamente. Não fique esperando ele bater em sua porta para te transformar na garota popular. Não precisamos deles. Você, eu e todo mundo não precisamos mudar por alguém. Faça isso apenas se for para você mesmo. Vamos apostar uma coisa? Eu e você vamos ligar o botãozinho do dane-se para quem acha que precisamos mudar nossa vida por não se encaixar no maravilhoso padrão da sociedade, Vejo vocês no próximo vídeo, beijos."
Magoada com essa situação toda, Ali desabafa, fortalece ela e outras com seus videos no youtube, o que é algo que particularmente adoro nesse livro, essa proposta dele, de ser um capitulo normal, e outro um videos escrito. Novas pessoas entram em sua vida e até um amor bate à sua porta. 
"Agora finalmente havia ganhado as asas, me libertando e pronta para contemplar a natureza."
Novas pessoas, amigos com quem contar e se apoiar. Uma causa para lutar, o que faz o fato de nunca ter beijado acabar se tornando algo insignificante diante da história e dessa magnitude toda, e que na verdade nem é tão importante assim. Afinal quando a mocinha luta por justiça, pelo que se acredita, e de forma que conseguimos nos enxergar na situação, pois é algo que poderia acontecer com qualquer uma de nós, machismo, relacionamento abusivo,  coisas do gênero, mostrando que quando as mulheres se unem, são muito mais forte do que se imaginam, afinal, não somos, nem nascemos para ser rivais uma das outras. 
"O mundo tem tantos tons e eu via apenas o que ela me proporcionava, mas a mudança iria começar. Primeiro pelo Dani. Amigos, ele disse. Amigos, o primeiro de tantos outros que estava pronta para formar."

Um livro para se empoderar, lutar, superar, divertido, entregando ao publico muito mais do que se espera.  Me surpreendendo, creio que foi o primeiro livro que li do gênero, já li romances, yaoi, romances de épocas, enfim, mas literatura feminina especificamente, não, pelo menos que me lembre e foi uma grata surpresa, fascinante. Provavelmente colocarei mais desse gênero na lista, e vocês já leram algum assim? Conheciam esse livro? Deixe os comentário tenho certeza que não irão se arrepender.

Beijão, até a próxima
MaLê

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PS.: Playlist Spotify: Nunca Fui Beijada