Olá pessoas, como vocês estão??
Hoje eu vim chorar as pitangas sobre um livro que eu tava muito ansiosa mas que não deu certo pra mim e pelo que conversei com outras seguidoras sáficas que leram, aparentemente não funcionou pra muita gente.
Aqui conhecemos o reino de Mersailles, lugar onde a Cinderela morava e onde conheceu o Príncipe Encantado e se apaixonou por ele. Mas agora, ela tá morta há duzentos anos e toda aquela magia da história parece ter abandonado esse reino. A única coisa que “restou” dela é o Baile Anual. Onde todas as meninas do reino precisam ir para serem escolhidas por seus pretendentes, assim como aconteceu com a Cinderela duzentos anos atrás.
Mas se engana quem pensa que tudo é maravilhoso. Essa cidade é pobre, as pessoas precisam se endividar para que suas filhas possam ir ao baile bem vestidas e não serem mortas pelo Rei. É aí que entra a nossa personagem principal, a Sophia.
Ela sempre teve ideias controversas ao reino e é apaixonada pela melhor amiga, o que é muito errado. No dia do Baile Anual, ela resolve fugir e, no mausoléu da Cinderela, ela vai encontrar uma companhia bastante inusitada pra ir contra todo esse reino junto com ela.
“Eu tinha doze anos quando contei aos meus pais que preferiria encontrar uma princesa a um príncipe."
Quem me acompanha a mais tempo sabe que eu sou muito fã de contos de fadas e as releituras deles. Eu realmente tava botando muita fé nesse livro! Pensa só: uma menina sáfica, que vai contra todo um sistema e ainda por cima num conto de fadas e me prometeram até um romance! Eu tava muito pronta pra isso!
Entretanto, depois dos 20% do livro as coisas começam a dar uma desandada. O livro começa muito bem, eu fiquei muito eufórica porque eu queria descobrir a verdade por trás de toda essa história da cinderela e entender como tudo tinha acontecido, que fim levou a tal fada madrinha, o que esse rei tinha de tão estranho e tudo que nos é apresentado logo no começo o livro.
O problema foi que, particularmente, eu achei meio sem sentido tudo que aconteceu nessa história. A Sophia tinha tudo pra ser uma daquelas personagens que eu iria levar pro resto da vida, mas acabou que ela tem umas atitudes meio estranhas e uns posicionamentos bem duvidosos ao longo da narrativa, enquanto uma mulher sáfica.
O Plot do livro é bem previsível, eu já sabia que ia acabar assim antes da metade do livro, mas tem uns personagens que não fizeram sentido. O vilão da história tentou ter uma redenção que não funcionou muito bem, o romance entre as personagens não teve muito desenvolvimento e, em alguns pontos, parecia que ninguém sabia o que tava fazendo na história, ficou uma coisa meio vazia. Não sei explicar.
Conversando com outras pessoas que leram, eu cheguei a conclusão de que meu erro foi pensar sobre esse livro e questionar ele. Se eu não tivesse questionado e só aceitado aquilo que ele me fala, como uma leitura pra passar o tempo mesmo, eu teria adorado! Mas acho que algumas coisas poderiam ter sido melhor desenvolvidas, mas as minhas expectativas também estavam altíssimas pra essa história.
Eu acredito que é uma boa leitura desde que você vá com a cabeça de só aceitar aquilo que tá ali e pronto. Principalmente se você for uma mulher que é militante, dá pra perceber que em alguns pontos a revolução descrita no livro é vazia demais.
Termino essa resenha sem saber direito o que rolou com esse livro, mas parece que quanto mais eu penso sobre ele, mais estranho ele me parece. Eu acredito que terão mais livros da autora nesse estilo pois em um momento da história se faz referência à branca de neve e eu só espero que o próximo livro dela seja melhor do que esse.