Olá brilhinhos, como estamos hoje?

Bom, pra começo de conversa, no ano passado, uma amiga minha, a @vi.livros me chamou pra organizar um projeto junto com ela que consistia em 12 leituras coletivas, uma por mês, de livros escritos e protagonizados por pessoas negras. Ano passado eu fiz um projeto mais ou menos assim no mês de novembro e foi muito enriquecedor pra mim conhecer tantos livros maravilhosos e tantas narrativas que fogem da minha realidade de pessoa branca, mas que fazem todo sentido, por exemplo, pra minha esposa.

Pra terminar de ficar perfeito, eu convidei a Evy do @evybooks pra fechar o time de administradoras do grupo. Nós ficamos super animadas e nervosas com a primeira leitura, mas acabou que tudo deu certo!

A primeira leitura do grupo foi Americanah da Chimamanda e, pra mim, foi uma leitura extremamente peculiar e única, pretendo falar desse livro em fevereiro.




Acima, tem a TBR do projeto, eu quem selecionou os livros e confesso que tô bastante orgulhosa das escolhas (risos). O livro do mês é sempre decidido por uma de nós: a Vi escolheu Americanah e eu escolhi Úrsula, da Maria Firmina dos Reis como leitura de fevereiro.

Eu confesso que tô bem ansiosa pra ler esse livro, eu estudei ela na faculdade mas não tive tempo de ler um romance dela. Esse livro é uma antologia, são alguns contos escritos por ela e parece ser muito bom.

Vou deixar a sinopse do livro abaixo, também o link de compra pra amazon (aproveita que tá 0800) e se você quiser com a gente, basta mandar um direct pra qualquer uma de nós no instagram: @resenhadeunicornio , @vi.livros e @evybooks.



Úrsula, pode ser considerado o primeiro romance de autoria negra e feminina do Brasil, além de ser o primeiro de cunho antiescravista, foi publicado em 1859 na cidade de São Luís. É, também, o romance inaugural da chamada literatura afro-brasileira – entendida, aqui, como a produção literária afrodescendente que tematiza a negritude a partir de uma perspectiva própria. Organizado em vinte capítulos, pode ser dividido em quatro momentos distintos. Mas é na quarta parte, que se nota a riqueza do romance de cunho antiescravista, através de uma solidariedade particular de Maria Firmina dos Reis para com os oprimidos, em especial as mulheres e os africanos e afrodescendentes escravizados.


Bom, por hoje é isso! Espero que tenham gostado do post e me contem: Quantos autores negros vocês pretendem ler em 2020? Quantos leram em 2019? 

Beijos e brilhos!

Um amigo muito querido, me mandou, um belo dia, que o Vinicius estava abrindo seleção de parceiros para o novo livro dele. Eu li a sinopse, me apaixonei logo de cara! É sobre ele que vamos conversar hoje.

Caminho Longo conta a história do Bruno, um menino que passa por poucas e boas e essa sucessão de loucuras, tem como estopim a morte de Mateus, seu irmão. Quando isso acontece, eu tive a sensação de que a vida dele vira uma montanha russa que mais desce do que sobe. 

Durante a narrativa, Bruno revive o passado e nos mostra como era a relação que existia entre ele e o irmão, com a namorada do irmão e com os pais; Mateus era a pessoa que ele mais confiava ali, tanto que a primeira pessoa que fica sabendo quando o Bruno se apaixona por um menino, é o Mateus. Depois de sua morte, ele fica muito amigo de Nathalia, sua ex cunhada.



Em muitos momentos eu me identifiquei com o Bruno, principalmente no que diz respeito à relação que ele tem com os pais. No livro ele fala sobre como é um difícil ser rejeitado pelas pessoas que deveriam te amar simplesmente por causa de algo que você nunca vai ter controle, eu me peguei com lágrimas nos olhos sempre que o assunto eram os pais dele.

Como um bom drama, claro que não poderia faltar os amores fracassados, e o Bruno sofre duma forma que parece libriano! (identificação?!) Ao longo da história, ele se envolve com algumas pessoas e ele sempre sai machucado, mas é aquela coisa, às vezes a gente tem que amar só a gente mesmo, não importa o quanto de coisas boas que a gente faça pelo outro, uma hora vem. (desespero)

Uma coisa muito bacana do Bruno é como ele lida com a dor dele. Quando ele perde o primeiro namorado, logo em seguida perde o Mateus e as coisas começam a desandar, ele começa a escrever um livro e eu achei isso muito interessante, muitos dos autores que eu mais admiro hoje em dia, escrevem a partir da dor.



Acho que a maior lição que eu tirei desse livro foi sobre ter coragem. Eu nunca fui uma pessoa corajosa, eu aprendi a ser depois de um fato, mas eu sou muito covarde. E o Bruno não tem nada de covarde, tanto que ao longo da história podemos ver a evolução dele, a força dele pra sempre tentar algo novo e foi exatamente isso que me fez amar loucamente o Bruno!

Eu adorei o jeito que o Vini escreve! A história tem tanta coisa que faz com que a gente não consiga parar de ler. Não é uma leitura cansativa mas é carregada de dor. Os personagens também são bem trabalhados, o trabalho gráfico do livro também é sensacional, não tem nem o que falar.

Leia esse livro sentado num lugar bem confortável, tomando aquilo que você mais ama, eu tenho certeza de que quando você parar de ler, se conseguir, vai se surpreender com a história que o Bruno tem pra te contar.



*O livro foi cedido em parceria com o autor.*

Olá pessoas! Hoje eu vim responder uma tag inspirada no livro Amor & Preconceito, do autor Pedro Fontes. Eu já li o livro e você pode conferir a minha opinião clicando aqui.

Sem mais delongas, vamos lá!



Ádrian - um livro que você leu e que é disputado por muita gente: Essa é difícil, eu não tenho muito o costume de ler livros hypados, são casos isolados, mas tem gente que fala que a minha coleção da darkside, mesmo pequena, é invejável.

Theo - um livro que começou bom, ficou ruim e terminou bom: Pra cá eu escolhi Objetos Cortantes, no começo e no fim do livro e tava de queixo caído, mas no meio do livro eu tava quase morrendo de tédio.

Jasper - Um livro que te surpreendeu do início ao fim: Querido ex, À Sombra do Jatobá e todos do Raphael Montes. Não, eu não consegui escolher um só.

Alice - Um livro que começou amorzinho e depois te virou de cabeça para baixo: Sempre Estive Aqui, sem dúvida nenhuma.

Jacob - um personagem que não merecia o final que teve, mas você entende o contexto: Henrique, de As Razões de Henrique. Choro até hoje.

August - um personagem que você desconfiava que era ruim e no fim era mesmo: Essa é dificil, mas acho que dá pra colocar aqui um livro que li recentemente, mesmo tendo me decepcionado. Boneco de Pano tem um personagem que eu sempre suspeitei que era um bocó.

X - um livro com um vilão iconico: Ah, eu tenho um fraco pela Annie do livro Misery do Stephen King! Mas também posso citar o livro Menina Boa, Menina Má, que livro!

Apolo - um livro que você não gostou e as pessoas tentam te convencer do contrário: Tem dois, Em Águas Profundas da mesma autora de A Garota no Trem e O Menino que desenhava monstros. Odiei os dois.

William - Um livro que você poderia reler todo ano: Qualquer um da saga Harry Potter.

Garret - Um livro com um personagem que é um ótimo amigo: Apesar de ser um livro de terror, a amizade dos meninos em It, a coisa sempre mexe comigo.

Hercules - um livro que tem animais: A revolução dos Bichos, LEIAM!

Joseph - um personagem que você gostaria de morar com ele: cara, essa é difícil, mas eu moraria fácil com o Poirot só pra ouvir ele tagarelar sobre os casos dele ahahahahahahahahah


Olá pessoas, como vocês estão? Hoje eu trouxe mais uma listinha de contos que eu li. A primeira listinha teve uma recepção super boa e eu fiz uma votação nos stories pra saber se vocês queriam uma segunda edição e aqui está! Vou falar um pouco sobre eles e deixar os links pra ler, lembrando que todos eles podem ser lidos gratuitamente pelo Kindle Unlimited ou pelo wattpad!

Alex & Isabel - Nina Spim

Se tem uma coisa que a Nina sabe fazer bem, é escrever. Cara, eu amo muito a forma como essa mulher tem o poder de me tocar com as histórias e com esse livro não poderia ter sido diferente. 
Aqui, temos de um lado uma pessoa famosa nas redes e skatista, do outro lado temos um super fã! Essas duas pessoas combinam de se encontrar no campeonato de skate e bom, o quão especial essas pessoinhas são e a coisa absolutamente perfeita que a Nina escreveu, cê tem que descobrir lendo! Mas eu te garanto que vai sair de coração quentinho.




Agora eu entendo - Pam Gonçalves

Eu juro que não conheço a Pam e que a Bianca que ama Harry Potter, odeia Natal e decide passar sozinha vendo séries e com um gato não sou eu! Pelo menos, eu acho que não era em mim que ela tava se inspirando, mas é aquela coisa né, qualquer semelhança com a realidade não é mera coincidência.
Esse conto eu li por acidente, acabei caindo nele e MINHA NOSSA eu saí dele com os olhos cheios de lágrimas. Nunca tinha lido nada da Pam e acho que comecei com o pé direito, principalmente porque eu li o conto no dia do Natal. Surreal.



A Profecia da Sereia - Clara Alves


Eu nem sabia que precisava de um conto sobre uma sereia sem alma gêmea, que passa a virada do ano na superfície e se apaixona por uma humana ATÉ LER ESSA HISTÓRIA! Eu tenho o e-book de Conectadas mas ainda não tive oportunidade de ler, mas esse conto eu li no dia primeiro e gente, sinceramente, que coisa linda! Tudo que eu precisava pra começar meu ano bem era isso! Afinal, nada pode deter uma sereia, muito menos uma sereia apaixonada!




O Natal de Sofia -  Dário Rabelo
Não é novidade pra ninguém que eu amo o Dário e que ele é um amigo muito especial pra mim. Quando ele me mandou a capa do conto eu já fiquei louca de curiosidade e logo quando foi liberado, eu corri pra ler e… gente, o tapa!
O Dário tem uma grandeza pra escrever que é surreal. Aqui ele fala sobre uma menina de rua na véspera de natal. Mostra claramente a hipocrisia das pessoas que se dizem “de deus” e expõe a podridão humana. Eu chorei no fim da história, muito forte mesmo.

Um Natal para Agnes -  Thati Machado
Eu tava procurando um conto sapatão que se passasse no Natal e a Thati me agraciou com essa belezura! O Conto se passa no mesmo universo de Multicor, outros dois contos da Thati que eu super acho que dariam um livro!
Aqui temos a namorada da Agnes que resolve dar uma festa de Natal legal pra ela, pois Agnes tem péssimas lembranças do natal. Esse conto é uma fofura, me deixou de coração quentinho e eu acabei ele querendo ler de novo! Se você ainda não leu nada sobre esse universo da Thati, leia! Os outros contos estão nas antologias “Orgulho de Ser” e “Cor não tem gênero” todos no Kindle Unlimited!

Esses são os contos de hoje! Assim que eu ler mais alguns eu trago mais dicas! Ja leu algum? gostou de algum? Me conta!


Ano passado eu li O Conto da Aia em um projeto de livro viajante que participei. Comecei aquele livro com medo; nunca tinha visto a série (até hoje não tive coragem de ver) mas minha esposa já tinha lido o livro e visto a primeira temporada e me alertou pro peso daquela história.

Até hoje eu me lembro de tudo daqueles 8 dias que levei pra ler O Conto da Aia.



Pra quem não leu o livro, é basicamente uma distopia onde os estados unidos não existem mais, viraram a República de Gilead e a democracia também morreu, todas as mulheres perderam os seus direitos. O golpe aconteceu devido ao excesso de poluição de degradação ambiental que fez que com que as mulheres ficassem inferteis (por isso elas só são meros úteros ambulantes) e os Filhos de Jacó deram o golpe no governo e tudo agora é governado por deus e a ética e os bons costumes da bíblia (espero que todo mundo tenha percebido minha ironia).

Eu não me pretendo me alongar muito contando a história, mas é foi uma leitura que acabou comigo, eu realmente não conseguia sair na rua sem ficar com medo. E é insano pensar que uma obra de 1980 e alguma coisa, consiga ser atual e causar medo e nervosismo em pleno 2020, que mulheres passem realmente por isso.

Eu só queria sentar e chorar. Margaret expôs toda a podridão humana, tudo que as pessoas são capazes de fazer e como o masculino ainda é extremamente forte, mesmo que nossas lutas queiram afirmar que não.

No fim do ano passado, pouco tempo depois que eu acabei de ler o livro, a Rocco anunciou a publicação da continuação do livro. Confesso que eu fiquei com pé atras, eu não achava que o livro precisava de uma continuação, porém, precisava. Eu só não sabia disso ainda.



Os testamentos foi a minha segunda leitura do ano, e eu realmente não sei descrever o que foi aquela leitura pra mim.

Esse livro se passa 15 anos depois do que aconteceu lá no livro um e é necessário ler o primeiro, pois alguns dos personagens “sem desfecho” do livro da Aia tem um desfecho aqui. Esse livro tem um enfoque maior nas Tias e na importância delas praquele regime e eu tive que engolir o meu ranço, pois quem conta a história é a Tia Lydia.

Os Testamentos tem uma escrita mais fluida e nos mostra que, independente do tempo em que você esteja, os caminhos pra destruição não precisam ser planejados, eles acontecem naturalmente. Tudo aquilo que tem como pilar o ódio e a intolerância se destrói sozinho.

Conhecemos de perto a “vilã” e as mocinhas e eu me peguei torcendo por elas o livro todo para que a derrocada de Gilead desse certo.
Os fatos relatados continuam pesados e o final do livro é impressionante, explica também muita coisa do primeiro. Acho que não teve jeito melhor de fechar esse cerco infeliz.

Esses dois livros são incríveis, os dois me agregaram muito, me causaram tantos sentimentos que nem sei como explicar. Se você tiver coragem e estômago pra ler esses livros, leia. Eles vão mudar você.


Olá

Voltando aqui para falar sobre essa animação antológica original Netflix.

Love, Death + Robots estreiou em 2019 no catálogo da Netflix e foi um sucesso logo de cara, sua temática que lembra a antologia Black Mirror que também é exibida pela locadora vermelha. Os episódios não têm uma ordem correta, sendo assim cada usuário assiste em uma ordem diferente da dos outros, por se tratar de uma antologia a ordem dos fatores não altera o produto.

Olha, se você estiver aqui lendo esse post e ainda não assistiu essa animação, vá agora ver. Os episódios são curtos de 15 a 20 minutos cada, então é possível ver tudo em uma tacada só.

Particularmente eu vi uma parte e depois de uns dias vi a outra, mas isso por causa do meu
horário um pouco escasso, mas com toda a certeza com mais tempo teria visto tudo de uma só vez.

Minha opinião sem spoilers é que Love, Death + Robots como a maioria das animações é excelente naquilo a que se propõem, as formas de animações vão de episódios que se parecem com gráficos dos atuais games super-realistas a animações convencionais em 2D. Histórias simples que vão do ponto A ao B, mas deixam aquele gostinho de querer saber mais sobre aquele universo e outras questões que surgem e instingam nossa curiosidade. Em poucos minutos você compra aquela realidade com facilidade.

Sem contar, é claro aquele ar de ficção cientifica que eu particularmente adoro, lembrando
muito as histórias de Black mirror.

Vou fazer uma lista dos 5 Episódios que mais gostei, Acompanhei ai Abaixo:

5 - Ajudinha

Uma imagem contendo ao ar livre, pessoa, homem

Descrição gerada automaticamente


4 - Para Além da Fenda de Áquila

Uma imagem contendo pessoa, objeto, carro, edifício

Descrição gerada automaticamente 


3 - A Guerra Secreta

Uma imagem contendo pessoa, interior, sentado, homem

Descrição gerada automaticamente
 2 - Zima Blue
Uma imagem contendo céu, mesa

Descrição gerada automaticamente
1 -Boa Caçada

Forte abraço


Foto de Deva Williamson em Unsplash


2019 foi um ano cheio pra muita gente e pra mim não foi diferente. Se 2018 já foi intenso, ano passado conseguiu se superar. Muitas vezes eu fiquei atordoada com o tanto de coisa ruim que tava acontecendo.

Esse ano, em maio, eu faço dois anos de Resenha de Unicórnio e nem sei dizer o quanto eu amadureci nesse tempinho de nada que eu tô aqui na internet. Também me desgastei muito. Fiquei doente porque eu não sabia a hora de parar e de me dar férias (mas eu tirei uns dias de folga, desde antes do natal, até hoje!) e foi a melhor coisa que eu fiz. Eu precisava espairecer e colocar as ideias no lugar.

Aparentemente, 2020 vai ser um ano corrido, minha vida acadêmica vai ficar mais corrida e tomar conta de grande parte do meu dia, mas como eu tô sempre lendo alguma coisa ou brota alguma ideia na minha cabeça do nada, eu acredito que vou conseguir manter o blog em pleno funcionamento.

Também consegui fazer um planejamento bem legal pras minhas leituras (eu fui criada por um virginiano, entendam) e eu fiquei bem feliz de ter separado um tempo pra ler coisas que eu quero só ler, sem produzir nada em cima disso; ano passado, uma das minhas reclamações mais recorrentes foi “eu quero ler tal coisa, mas não posso, tenho parceria pra cumprir” e nesse ano eu vou ler coisas só porque eu gosto, como King e Agatha, que são autores que eu amo, mas falo pouco deles aqui, meu nicho é outro.

Também vou participar de projetos bem banacas esse ano, vou falar sobre eles no instagram em breve e também arrumei todos eles nos destaques novos do instagram e tô super felizinha por isso. 

Bom, é isso. Acho que a coisa mais importante que eu aprendi nessas férias foi dar uma desencanada, e fazer as coisas só porque eu quero fazer e saber dar prioridade pras coisas, afinal, o Resenha de Unicórnio é pra ser um lugar seguro, algo que me dê prazer de fazer, não uma obrigação.

Me conta aqui, você tem metas pra 2020? Algum plano especial? Já conseguiu se organizar?