E ai meus brilhinhos, como estamos hoje?
Dia 23 de abril, faz exatamente um mês que eu tô oficialmente em
isolamento social. Eu nunca passei por nada parecido na vida e acho que a
maioria das pessoas também nunca passou por uma situação assim. Cada pessoa tá
lidando com isso de um jeito, mas eu vim aqui contar como esse mês foi pra mim.
Eu sempre fui uma pessoa que gosta de ficar em casa lendo, tomando um
chá, na minha. Nunca gostei de baladas, nem nada disso, mas confesso que ficar
em casa como um imposição tá sendo muito difícil. Eu sinto que eu tô vendo a
vida passar como uma espectadora, eu sinto que minha vida tá acontecendo e eu
tô vendo isso da janela de casa.
A Rê e eu somos grupo de risco por conta das nossas DPOCs, então a gente
tá bem isolada, estabelecemos dias pra sair de casa e sempre quando precisamos
sair por conta de outra coisa é ela quem vai pra que eu não precise me expor.
Estabelecemos hora pra ver as noticias e estamos focadas numa única fonte de
informação pra gente não surtar com a quantidade de coisa que tá sendo despejada
na cabeça de todos nós. A nossa vida mudou bastante.
Eu continuo estudando normalmente, eu já fazia EAD então não mudou nada,
mas agora eu posso fazer todas as minhas avaliações de casa, sem precisar ir
até o polo. Isso também me deixou um pouco ansiosa por conta de ser meu último
ano e faltar somente as aulas práticas e o TCC e eu não faço ideia de como vou
fazer as aulas práticas no semestre que vem, eu tenho tentado pensar em um dia
de cada vez, nas pequenas tarefas, pra realmente não ficar doida.
Mas as vezes isso é inevitável.
Tive crises nesses últimos 30 dias, meu psicológico tá ficando abalado
com a falta de coisas pra fazer e mesmo que eu esteja lendo muito, parece que
as leituras não estão mais rendendo, os estudos também não e a escrita da
monografia menos ainda, muitas vezes me sinto uma inútil. E isso, com toda
certeza, tem sido uma das piores coisas do isolamento.
Comecei a fazer ioga, tô ouvindo músicas antigas que eu gosto muito e me
remetem coisas boas, comecei a meditar, tô dedicando mais atenção às minhas
gatas e tá sendo incrível acompanhar o desenvolvimento da Nagini e entender
mais a Negresco. E o fato de ser casada com a Rê que é uma pessoa muito pé no
chão e que tá segurando meus surtos e me ajudando, é um alívio tremendo. Eu
sinto que nossa relação tem se fortalecido mais ainda nesse momento.
Fora a Rê, a Juliana, a Maeli e a Evy tem me ajudado muito a manter a
sanidade. A Ju criou um grupo no whatsapp com nós quatro e tem sido muito
gostoso conversar com elas e ficar falando besteiras, ajuda muito a aliviar a
tensão e eu sinto que tô construindo um laço mais forte com as duas. A Evy tem
me ajudado lendo junto comigo. A gente já leu algumas coisas juntas e também
livros que eu já li e ela tá lendo e vice versa e nós ficamos surtando uma com
a outra no telegram! Nossa última leitura foi Vilão e nós já estamos criando
mil e uma teorias sobre esse livro e a continuação dele, estamos realmente
muito ansiosas e isso de ter alguém pra conversar sobre livros tem sido
incrível.
Esse momento é mesmo uma coisa tremendamente horrível, eu vivo em estado
de alerta, mas, em contrapartida, também tá sendo um momento de me conhecer e
me entender (mesmo que eu não me suporte às vezes), conhecer minhas gatinhas e
fortalecer os laços que eu já tenho e isso tem sido fundamental pra que eu não
saia gritando na rua de desespero.
Quando isso passar, eu só quero abraçar minhas amigas bem apertado e
mostrar o quanto elas foram importantes pra mim e levar todo mundo pra tomar um
vinho e falar coisas bobas. E mesmo que a gente não encontre o mundo do mesmo
jeito que deixamos, eu espero de verdade que a gente se saia bem nessa
adaptação. Mesmo que não esteja 100% bem, os momentos felizes tem que ser
maiores que os surtos de ansiedade.
É isso, me conta o que você tem feito nesse mês,o que leu, o que sentiu,
o que viu e vamos conversar, conversar sempre ajuda! E se você quiser me seguir
no instagram e no twitter, eu sempre tô postando algumas dicas de podcasts e falando
coisas aleatórias pra distrair.
Se você tem DPOC tem mesmo que se isolar, ainda mais se é de cidade grande, deus me livre sabe que um colega de blog tá doente..
ResponderExcluirÉ muitoi perigoso.
A gente precisa sempre manter a sanidade de alguma forma, que bom que você ai manteve pessoas para ajudar. Força e fica em casa.
Realmente, tem muita gente ficando doente e tá todo mundo meio pirado né.
ExcluirO isolamento social mexe muito com o nosso psicológico. Também gosto do meu cantinho , filmes etc , reclamo não ter tempo para tudo , mais sobre imposição e insegurança financeira é perturbador , mais tenhamos fé , vai passar..
ResponderExcluiruma hora tem que passar!
ExcluirNão está sendo fácil para ninguém. Eu estou gostando muito, pois curto ficar sozinho. Aproveitei a quarentena e coloquei muita leitura atrasa em dia e assisti um pouco de séries.
ResponderExcluirnão mesmo. Eu também gosto de ficar sozinha, mas não poder sair de jeito nenhum é uma tortura sem fim.
ExcluirOpa, tudo bem por aí?
ResponderExcluirEu também nunca imaginei que teria que passar por algo do tipo. Estava tudo se encaminhando bem na faculdade e no estágio novo, daí veio tudo isso e afetou bastante o meu psicológico também. Mas, graças a Deus, tenho conseguido me manter bem, na medida do possível. Infelizmente, não estou conseguindo ler tanto quanto eu queria nesse isolamento social... Enfim, espero que isso passe rápido!
Abraços!
www.acampamentodaleitura.com
Também espero que passe rapido pra gente poder voltar a normalidade, ou quase isso!
ExcluirTambém espero que passe rapido pra gente poder voltar a normalidade, ou quase isso!
ExcluirNão está sendo fácil para ninguém, né? Eu também sou do grupo de risco por causa da asma, e assim como você também sempre fui na minha, nunca fui de balada, rua, sair para lugares com muita gente e tal, então ficar em casa isolada para mim não me afeta em relação ao convívio social. O que está afetando mesmo e gerando crises constantes de ansiedade é a situação financeira, sem emprego por causa da pandemia e com um filho pequeno isso me deixa uma pilha de nervos.
ResponderExcluirEssa crise dá nos nervos, eu tô sofrendo bastante com isso, meu salario foi congelado e cada dia é uma crise diferente, espero que consigamos passar por isso.
ExcluirA situação está complicada mesmo, mas fé que tudo vai melhorar! Muito importante se cuidar e tentar manter a saúde mental, ter amigos nesse momento ajuda bastante. Se cuida!
ResponderExcluirobrigada, você também!!
ExcluirEssa pandemia está sendo dureza mesmo. Mas acredite, vai passar. O importante agora é se cuidar, sobretudo no seu caso, que é DPOC. Fique bem e cuide-se. 😘
ResponderExcluirTatiana - Sapore Magico
Nessa quarentena eu estou lendo bastante os livros que eu separei por mês, eu vi meus filmes, mais já estou com saudades da rotina que eu tinha
ResponderExcluirOlá! Primeira coisa, fiquei bem isolada mesmo, não queremos você em risco. E, eu imagino como você está se sentido. O início eu levei mais de boa, mas nos últimos dias tenho começado a "murchar". Não só de tédio, mas de aflição, agonia. É como você bem disse, nunca vivenciamos essa situação. E, acredito que nem cogitávamos passar por isso. Também tenho sentido muita vontade de abraçar as pessoas que amo. Só tenho feito isso com meu marido e eu logo falo "preciso abraçar alguém, então vou te apertar" rs. Mas, vamos em frente. Vamos sair dessa. Toda força para você e abraços virtuais bem apertados. Beijos
ResponderExcluirhttps://almde50tons.wordpress.com/
Olá!
ResponderExcluirQue coragem a tua em vir falar tudo isso, sabia? Vejo constantemente as pessoas falando que é só alegria e fico "mas é isso mesmo?" e lembrei que em rede social todo mundo é feliz. Ficar em casa pra mim, ta sendo bem difícil. Mais difícil que minha rotina corrida da universidade. Ando tendo constantes ondas de ansiedade, procrastinação, medo e acabei ficando um pouco longe de algumas coisas/pessoas. Tô tentando tirar um tempo para ler, escrever, fazer yoga (é mágico, né?), ficar pensativa sobre quem me rodeia. Mesmo dolorido, ta sendo um aprendizado.
Qualquer coisa, pode vir falar comigo!
Um abraço.
Olá!
ResponderExcluirNossa, o contexto está tornando essa quarentena difícil demaaaaais. Também estou tendo dificuldades em manter a sanidade, então me jogo nos estudos e ocupo minha mente. Mas que bom que tu tem com quem dividir esse peso! Essas pessoas são essenciais nesses momentos <3
Abraço!
https://lupiliteratus.blogspot.com/
Eu trabalhava desde antes em casa, então nessa parte não foi uma mudança para mim. Acho que o mais difícil foi ficar com as outras pessoas em casa (já que não moro sozinha). Mas fora isso por acreditar que vai passar continuo bem. Espero que todos estejam bem.
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