E ai meus brilhinhos, como estamos hoje?
Hoje eu vim aqui contar como foi a minha experência com o livro 'Quarto de Despejo', que foi a leitura do mês do Projeto Empretecendo Narrativas.
Carolina é extremamente consciente do efeito que seus diários vão causar em quem os ler. Ela fala abertamente sobre toda a miséria que vive e, pensar que mesmo 60 anos depois da publicação do livro, as coisas continuam as mesmas.
Também é muito exposto a questão da violência ali dentro. Violência doméstica, agressão entre os próprios adultos da favela que muitas vezes fazem isso bebâdos, igonorar a nudez feminina e masculina na frente das crianças, que é algo que a Carolina duramnete critica o tempo todo e, agressões aos filhos dela quando ela não está em casa, os relatos são de partir a alma em 20.
Uma coisa que me machucou muito foi quando a filha mais nova da Carolina, com fome, pede para ser vendida a uma "mãe branca" pois lá ela teria o que comer. A conciencia que as crianças tem da miséria foi a coisa que mais me chocou e me doeu durante a leitura. Coisas como comer na rua, ganhar um brinquedo, ter arroz feijão e carne na mesa, que pra mim são normais, é retratado como algo extremamente luxoso.
Fiquei muito sensibilizada com a brutalidade dos relatos que são contados, as coisas que essas pessoas passam são desumanas. Carolina precisa trabalhar mais de doze horas por dia e manter seus três filhos alimentados, educados e esperançosos de eles vão sair daquela situação, mesmo que o suicidio passe muitas vezes pela cabeça da mãe.
A critica politica també é fortissima. Ela conta de pessoas que foram na favela doar alimentos, entraram nas casas, fizeram e aconteceram, tudo isso pra conseguir votos, mas quando foram eleitos esqueceram dos pobres e passaram a governar pelos que tem dinheiro. Isso acontece até hoje!
O amor que a Carolina tem pela literatura é algo que a mentém firme. Muitas partes do diário, ela conta que não consegue ir dormir sem ler, que ela tira um tempo do dia pra ler, é realmente algo muito bonito.
Por fim, quarto de despejo realmente é uma leitura obrigatória. Ele tem pouco mais de 150 páginas de diário e vai te mostrar uma realidade que muitas vezes a gente nem faz ideia que existe ou, não entende a dimensão do problema. Esse livro realmente mudou a minha vida.
Hoje eu vim aqui contar como foi a minha experência com o livro 'Quarto de Despejo', que foi a leitura do mês do Projeto Empretecendo Narrativas.
Nesse livro que foi escrito em forma de diario, temos uma visão da vida da Carolina como mulher negra, mãe solteira, moradora da favela e catadora de papel.
Ela narra os dias dela na favela, a fome que ela e os filhos sentem, as angustias, as brigas, os medos, tudo isso em forma de diário. Quando publicaram o livro, mantiveram o jeito que a Carolina escreveu o diário originalmente, só fazendo alguns cortes.
Os cadernos em que a Carolina escrevia o diario foram achados pelo jornalista Audálio Dantas em 1958 e o livro foi publicado em 1960.
"Atualmente somos escravos do custo de vida. Eu achei um par de sapatos no lixo, lavei e remendei pra ela calçar."
O Diário começa em 1955 e poucas páginas depois dão um salto de 3 anos, mas mesmo com esse salto, vemos que não mudou muita coisa. Sem água encanada, sem confroto, convivendo com pulgas e ratos e trabalhando pra ter o que comer naquele dia.
Carolina é extremamente consciente do efeito que seus diários vão causar em quem os ler. Ela fala abertamente sobre toda a miséria que vive e, pensar que mesmo 60 anos depois da publicação do livro, as coisas continuam as mesmas.
Também é muito exposto a questão da violência ali dentro. Violência doméstica, agressão entre os próprios adultos da favela que muitas vezes fazem isso bebâdos, igonorar a nudez feminina e masculina na frente das crianças, que é algo que a Carolina duramnete critica o tempo todo e, agressões aos filhos dela quando ela não está em casa, os relatos são de partir a alma em 20.
Uma coisa que me machucou muito foi quando a filha mais nova da Carolina, com fome, pede para ser vendida a uma "mãe branca" pois lá ela teria o que comer. A conciencia que as crianças tem da miséria foi a coisa que mais me chocou e me doeu durante a leitura. Coisas como comer na rua, ganhar um brinquedo, ter arroz feijão e carne na mesa, que pra mim são normais, é retratado como algo extremamente luxoso.
"...O que eu aviso aos pretendentes a politica, é que o povo não telra a fome. E preciso conhecer a fome para saber descrevê-la"
Fiquei muito sensibilizada com a brutalidade dos relatos que são contados, as coisas que essas pessoas passam são desumanas. Carolina precisa trabalhar mais de doze horas por dia e manter seus três filhos alimentados, educados e esperançosos de eles vão sair daquela situação, mesmo que o suicidio passe muitas vezes pela cabeça da mãe.
A critica politica també é fortissima. Ela conta de pessoas que foram na favela doar alimentos, entraram nas casas, fizeram e aconteceram, tudo isso pra conseguir votos, mas quando foram eleitos esqueceram dos pobres e passaram a governar pelos que tem dinheiro. Isso acontece até hoje!
O amor que a Carolina tem pela literatura é algo que a mentém firme. Muitas partes do diário, ela conta que não consegue ir dormir sem ler, que ela tira um tempo do dia pra ler, é realmente algo muito bonito.
Por fim, quarto de despejo realmente é uma leitura obrigatória. Ele tem pouco mais de 150 páginas de diário e vai te mostrar uma realidade que muitas vezes a gente nem faz ideia que existe ou, não entende a dimensão do problema. Esse livro realmente mudou a minha vida.