E ai meus brilhinhos, como estamos hoje?

Hoje eu vim aqui contar como foi a minha experência com o livro 'Quarto de Despejo', que foi a leitura do mês do Projeto Empretecendo Narrativas.


Nesse livro que foi escrito em forma de diario, temos uma visão da vida da Carolina como mulher negra, mãe solteira, moradora da favela e catadora de papel.

Ela narra os dias dela na favela, a fome que ela e os filhos sentem, as angustias, as brigas, os medos, tudo isso em forma de diário. Quando publicaram o livro, mantiveram o jeito que a Carolina escreveu o diário originalmente, só fazendo alguns cortes. 

Os cadernos em que a Carolina escrevia o diario foram achados pelo jornalista Audálio Dantas em 1958 e o livro foi publicado em 1960.

"Atualmente somos escravos do custo de vida. Eu achei um par de sapatos no lixo, lavei e remendei pra ela calçar."

O Diário começa em 1955 e poucas páginas depois dão um salto de 3 anos, mas mesmo com esse salto, vemos que não mudou muita coisa. Sem água encanada, sem confroto, convivendo com pulgas e ratos e trabalhando pra ter o que comer naquele dia.

Carolina é extremamente consciente do efeito que seus diários vão causar em quem os ler. Ela fala abertamente sobre toda a miséria que vive e, pensar que mesmo 60 anos depois da publicação do livro, as coisas continuam as mesmas.

Também é muito exposto a questão da violência ali dentro. Violência doméstica, agressão entre os próprios adultos da favela que muitas vezes fazem isso bebâdos, igonorar a nudez feminina e masculina na frente das crianças, que é algo que a Carolina duramnete critica o tempo todo e, agressões aos filhos dela quando ela não está em casa, os relatos são de partir a alma em 20.

Uma coisa que me machucou muito foi quando a filha mais nova da Carolina, com fome, pede para ser vendida a uma "mãe branca" pois lá ela teria o que comer. A conciencia que as crianças tem da miséria foi a coisa que mais me chocou e me doeu durante a leitura. Coisas como comer na rua, ganhar um brinquedo, ter arroz feijão e carne na mesa, que pra mim são normais, é retratado como algo extremamente luxoso.

"...O que eu aviso aos pretendentes a politica, é que o povo não telra a fome. E preciso conhecer a fome para saber descrevê-la"

Fiquei muito sensibilizada com a brutalidade dos relatos que são contados, as coisas que essas pessoas passam são desumanas. Carolina precisa trabalhar mais de doze horas por dia e manter seus três filhos alimentados, educados e esperançosos de eles vão sair daquela situação, mesmo que o suicidio passe muitas vezes pela cabeça da mãe.

A critica politica també é fortissima. Ela conta de pessoas que foram na favela doar alimentos, entraram nas casas, fizeram e aconteceram, tudo isso pra conseguir votos, mas quando foram eleitos esqueceram dos pobres e passaram a governar pelos que tem dinheiro. Isso acontece até hoje!

O amor que a Carolina tem pela literatura é algo que a mentém firme. Muitas partes do diário, ela conta que não consegue ir dormir sem ler, que ela tira um tempo do dia pra ler, é realmente algo muito bonito.

Por fim, quarto de despejo realmente é uma leitura obrigatória. Ele tem pouco mais de 150 páginas de diário e vai te mostrar uma realidade que muitas vezes a gente nem faz ideia que existe ou, não entende a dimensão do problema. Esse livro realmente mudou a minha vida.
Foto de Joshua Newton em Unsplash



E ai meus brilhinhos, como estamos hoje? 

Dia 23 de abril, faz exatamente um mês que eu tô oficialmente em isolamento social. Eu nunca passei por nada parecido na vida e acho que a maioria das pessoas também nunca passou por uma situação assim. Cada pessoa tá lidando com isso de um jeito, mas eu vim aqui contar como esse mês foi pra mim.

Eu sempre fui uma pessoa que gosta de ficar em casa lendo, tomando um chá, na minha. Nunca gostei de baladas, nem nada disso, mas confesso que ficar em casa como um imposição tá sendo muito difícil. Eu sinto que eu tô vendo a vida passar como uma espectadora, eu sinto que minha vida tá acontecendo e eu tô vendo isso da janela de casa.

A Rê e eu somos grupo de risco por conta das nossas DPOCs, então a gente tá bem isolada, estabelecemos dias pra sair de casa e sempre quando precisamos sair por conta de outra coisa é ela quem vai pra que eu não precise me expor. Estabelecemos hora pra ver as noticias e estamos focadas numa única fonte de informação pra gente não surtar com a quantidade de coisa que tá sendo despejada na cabeça de todos nós. A nossa vida mudou bastante. 

Eu continuo estudando normalmente, eu já fazia EAD então não mudou nada, mas agora eu posso fazer todas as minhas avaliações de casa, sem precisar ir até o polo. Isso também me deixou um pouco ansiosa por conta de ser meu último ano e faltar somente as aulas práticas e o TCC e eu não faço ideia de como vou fazer as aulas práticas no semestre que vem, eu tenho tentado pensar em um dia de cada vez, nas pequenas tarefas, pra realmente não ficar doida.

Mas as vezes isso é inevitável.

Tive crises nesses últimos 30 dias, meu psicológico tá ficando abalado com a falta de coisas pra fazer e mesmo que eu esteja lendo muito, parece que as leituras não estão mais rendendo, os estudos também não e a escrita da monografia menos ainda, muitas vezes me sinto uma inútil. E isso, com toda certeza, tem sido uma das piores coisas  do isolamento.

Comecei a fazer ioga, tô ouvindo músicas antigas que eu gosto muito e me remetem coisas boas, comecei a meditar, tô dedicando mais atenção às minhas gatas e tá sendo incrível acompanhar o desenvolvimento da Nagini e entender mais a Negresco. E o fato de ser casada com a Rê que é uma pessoa muito pé no chão e que tá segurando meus surtos e me ajudando, é um alívio tremendo. Eu sinto que nossa relação tem se fortalecido mais ainda nesse momento.

Fora a Rê, a Juliana, a Maeli e a Evy tem me ajudado muito a manter a sanidade. A Ju criou um grupo no whatsapp com nós quatro e tem sido muito gostoso conversar com elas e ficar falando besteiras, ajuda muito a aliviar a tensão e eu sinto que tô construindo um laço mais forte com as duas. A Evy tem me ajudado lendo junto comigo. A gente já leu algumas coisas juntas e também livros que eu já li e ela tá lendo e vice versa e nós ficamos surtando uma com a outra no telegram! Nossa última leitura foi Vilão e nós já estamos criando mil e uma teorias sobre esse livro e a continuação dele, estamos realmente muito ansiosas e isso de ter alguém pra conversar sobre livros tem sido incrível.

Esse momento é mesmo uma coisa tremendamente horrível, eu vivo em estado de alerta, mas, em contrapartida, também tá sendo um momento de me conhecer e me entender (mesmo que eu não me suporte às vezes), conhecer minhas gatinhas e fortalecer os laços que eu já tenho e isso tem sido fundamental pra que eu não saia gritando na rua de desespero.

Quando isso passar, eu só quero abraçar minhas amigas bem apertado e mostrar o quanto elas foram importantes pra mim e levar todo mundo pra tomar um vinho e falar coisas bobas. E mesmo que a gente não encontre o mundo do mesmo jeito que deixamos, eu espero de verdade que a gente se saia bem nessa adaptação. Mesmo que não esteja 100% bem, os momentos felizes tem que ser maiores que os surtos de ansiedade.

É isso, me conta o que você tem feito nesse mês,o que leu, o que sentiu, o que viu e vamos conversar, conversar sempre ajuda! E se você quiser me seguir no instagram e no twitter, eu sempre tô postando algumas dicas de podcasts e falando coisas aleatórias pra distrair.

E ai meus brilhinhos, como estamos hoje?

Bom, como diz o título do post, eu vim falar sobre os três últimos livros que mexeram muito comigo e que se eu pudesse faria o mundo todo ler. Vamos lá então.



Completamente previsivel, começo essa lista por 'Vermelho, Branco e Sangue Azul'! Eu li esse livro no fim do ano passado junto com a Evy e QUE LIVRO INCRIVEL!

Como já diz na capa do livro, ele é um New Adult LGBTQIA+ com um romance entre o Pincipe Henry da Inglaterra e Alex, o filho da presidenta dos Estados Unidos. O livro tem muita representatividade da comunidade, como também de algumas etnias e isso foi o que me fez querer ler o livro.

Durante a leitura, eu percebi que ele é bem mais que isso. O contexto politico e a vida pública dos dois e das pessoas que os cercam faz com o amor entre eles seja uma mistura de 'eu vou gritar' com 'eu vou chorar' e eu me senti na mesma montanha russa que eles o livro todinho. Em muitos pontos do livro eu chorei de soluçar e, no capitulo seguinte, eu estava rindo como se não houvesse amanhã.

Eu fiquei tão apaixonada por esse livro, que criei uma pasta no Pinterest só pra colocar as fanarts desse hino de livro. VBESA é realmente um livro que merecia ser mais falado, pois eu senti que ele só teve hype no booktwitter, poucas pessoas da minha bolha falaram desse livro no instagram ou no blog.

Mas sério, eu até hoje não consigo descrever o quanto eu amei esse livro (tanto que até hoje eu não fiz um post sobre ele por aqui), o quanto ele me fez pensar em tanta coisa e também me fez quebrar um preconceito que eu tinha com NA, eu sempre achei que essas histórias são distantes da minha realidade, levando em conta que a maioria dos livros desse genero hypados são heteros-branco-padrão e não é assim em VBESA. Se você tiver oportunidade, leia e se apaixone por esses meninos e crie pastas no pinterest com as fanarts! (risos)



Sadie foi uma leitura mais recente, inclusive eu já falei dele aqui. Esse livro faz parte da TBR do 'Projeto Livros e Mulheres' da Paloma e, como eu não li o primeiro livro, eu acabei lendo esse e eu estou perdidamente apaixonada por essa leitura!

Sadie é um thriller psicológico que conta a história de duas irmãs, Sadie e Mattie, a Mattie foi assassinada e a Sadie sai em uma jornada em busca do assassino da irmã. Acompanhar essa saga dela foi algo que mexeu demais comigo, em muitos pontos eu me vi nela e doeu muito a parte em que fala sobre abuso, eu já sofri abuso e sei o que eu tô falando, sei como isso afeta a nossa vida toda.

Também mostra o quanto o amor de irmã é forte, eu mesma mataria pelo meu irmão mais novo, mesmo que não tenha muito contato com ele hoje em dia.

Esse livro acabou comigo de muitas formas, principalmente da metade pro final do livro; e o final em si é estupendo, eu fiquei sem saber o que fazer da minha vida depois que acabei ele.

Em breve, pretendo comprar o fisico desse livro só pra ter na estante e sofrer tudo de novo toda vez que eu olhar pra ele! Sério, esse livro é um dos meus favoritos desse ano.




Esse livro também é uma leitura recente, inclusive já tem post sobre ele aqui. Eu li esse livro por insistência da Evy e eu nunca fui tão agradecida por alguém insistir pra eu ler um livro.

Conhecer a história da Evelyn era tudo que eu precisava sem saber que precisava. Aqui a gente tem uma representatividade Bi muito fenomenal e também explora extremamente bem a parte podre de Hollywood, tanto que muitas vezes eu consegui traçar um paralelo entre esse livro e 'Ela Disse' que é um livro jornalistico fenomenal.

Eu fiquei tão mexida com essa história que também fiz uma pasta no pinterest com todas as fanarts e referencias que eu achei sobre esse livro por lá. Outra coisa muito legal que esse livro me causou, foi a vontade de ler livros classicos que são citados durante a história e que eu jamais leria por conta própria. Eu quero ler simplesmente pra entender o contexto em que tal capitulo ou casamento ou situação se deu, e isso só aconteceu comigo quando eu li a saga Crepúsculo. Esse fenomeno é muito tudo.

Eu quero muito ler o outro livro da autora, dizem que é tão incirvel quanto esse e eu não duvido nada que seja!

Por hoje é isso, esses são meus três livros inccriveis. Me conta aqui nos comentários se você já leu algum deles,  se quer ler, o que achou, e aproveita pra me indicar outros três livros incriveis também!!
Créditos: Facebook do Amazon Prime Video

Olá brilhinhos, como estamos hoje? 

Mais uma vez eu, Bia, tô aqui pra falar com vocês sobre série (risos) sei que eu não sou lá muito boa com esse tipo de opinião, porém segue o baile. Hoje eu vim contar a minha experiência com a série Hunters que é um Original da Amazon.

Hunters é uma série que fala sobre um grupo de sobreviventes do Holocausto que se organizou pra caçar os nazistas. O grupo é liderado pelo Meyer Offerman (Al Pacino) que vive nos Estados Unidos no fim dos anos 70. Junto com os outros sobreviventes, eles fazem justiça com as próprias mãos pra acabar com os nazistas infiltrados no país.

A série realmente começa a ficar boa depois que a Ruyh (integrante do grupo) morre e depois disso o neto dela descobre a existencia da Caçada e resolve se juntar a eles pra poder vingar a sua vó. Em paralelo com isso, tem outras duas narrativas: A dos nazistas que tem como objetivo implantar um Quarto Reich e a do FBI que tenta entender esse conflito e essas mortes envolvendo Judeus e Nazistas mesmo depois do fim do Holocausto.


Quando a amazon começou a anunciar essa série eu já sabia que iria assistir. Sempre gostei muito de séries que falassem com responsabilidade sobre o Holocausto mas, devo confessar, quando ela saiu eu fiquei meio receosa de ver pois cada episódio tem, no minimo, uma hora de duração. Mas quando eu criei coragem pra ver, eu simplesmente fiquei vidrada e, acredite, essas uma hora por episódio são muito bem aproveitadas, nem dá pra ver o tempo passar!

Outra coisa que me deixou muito feliz foi a responsabilidade que a série teve pra tratar desse assunto. Claro que muita coisa ali foi inventada, mas as partes que são verdade foram muito bem feitas e algumas delas me chocaram muito, muitas vezes eu fiquei mal com o que eles relatavam.

A série tem essas três narrativas mas ela não resume só a isso, tudo foi muito bem roterizado e quando eu entendi algumas coisas eu realmente dei um grito tão alto de ódio/espanto que nossa, sem comentários. O fim da série é sensacional e eu espero realmente que tenha uma segunda temporada e que todo mundo taque fogo nos nazistas!!

Se tem algo que eu posso falar que não será considerado spoiler é: cuidado em quem você confia. Só isso.

Caso você tenha oportunidade de ver essa série, assista! Ela tem uma produção incrivel, tudo nela me agradou 100%. E se você já assistiu, me conta aqui o que você achou, se você gritou nos dois ultimos episódios assim como eu (risos)!

Por hoje é isso, espero que tenham curtido a dica! Beijos&Brilhos!



E ai meus brilhinhos, como estamos hoje?

Hoje eu vim contar a minha experiencia com ‘Os Sete Maridos de Evelyn Hugo’ que eu finalmente consegui ler! A editora me disponibilizou o e-book e minha amiga Evelyn do @evybooks panfleta tanto esse livro que eu resolvi ler. E o resultado foi uma Bianca chorando de soluçar e procurando pela tal da Evelyn Hugo em tudo quanto é canto! Eu li esse livro logo depois de Sadie, que também foi um livro que me destruiu por inteira, então eu meio que estou numa ressaca literária depois de ter sido arrebatada duas vezes seguidas. Pois bem, vamos para a Evelyn Hugo.

*tradução de Alexandre Boide*



Evelyn Hugo é uma estrela lendária de Hollywood. Sempre muito falada, ganhou Oscar, estrelou filmes incríveis com ‘Mulherzinhas’ e ‘Anna Karênina’ e também se casou sete vezes.

Evelyn quer contar da sua vida, tudo que ela fez pra chegar onde chegou, sem esconder nada, e pra isso, entra em contato com uma revista onde a Monique Grant trabalha pedindo pra falar especialmente com ela. Só a Monique pode escrever a biografia dela. E isso só pode ser publicado quando Evelyn morrer. Mas porque tem que ser especificamente a Monique?

Enquanto conhecemos a vida de uma estrela na frente dos holofotes e toda a loucura por trás deles, vamos conhecer o verdadeiro amor da Evelyn, suas razões, seus podres, tudo! Que história!

“A gente pode lamentar algumas coisas sem necessariamente se arrepender”

Eu comecei o livro sem saber muito bem o que esperar, mas eu estava com as expectativas lá no alto, todo mundo fala muito bem desse livro e eu devo dizer, você PRECISA ler esse livro agora mesmo! Pegue sua pipoca, coloque uma trilha sonora do livro no spotify e conheça a vida dessa mulher!

Quando a gente fala do mundo de Hollywood, a gente já espera uma pancada de coisa podre, então não se surpreenda com as coisas que a Evelyn te conta. Ela simplesmente foi atrás do sonho dela e do sonho da mãe. Como ela mesma diz, com um belo par de peitos e umas curvas, a gente consegue bastante coisa. Cada capitulo do livro conta a história de um dos maridos dela e também contam com as noticias da época, pra gente ficar sabendo de tudo que tava rolando.

Conforme vamos lendo e entendo as motivações da Evelyn, ao mesmo tempo que alguns questionamentos são respondidos, surgem outros cada vez maiores, até porque, a gente tá vendo a Evelyn pela visão da Monique, mas o livro é tão bem escrito que, muitas vezes, os flashbacks da Evelyn se tornam algo tão real e é uma coisa que eu queria me agarrar com todas as minhas forças, eu não podia deixar aquele livro acabar.

Posso dizer que acabei esse livro em prantos e com vontade de ver todos os filmes dos quais a Evelyn participa, pois ela tem que ser real, não pode ser imaginação minha. Essa autora é muito bem avaliada justamente por isso, pela capacidade que ela tem de tornar aquilo que ela criou, uma coisa real. Nem preciso dizer que estou muito ansiosa pra ler o outro livro dela, né?!

Além disso, o livro levanta umas questões importantes sobre a época, afinal, estamos falando dos anos 50. Eu não posso me empolgar muito nesse texto, qualquer coisa que eu falar é um spoiler, sobre qualquer coisa. Só peço para que você dê uma chance pra esse livro, eu tenho certeza que você não vai se arrepender!

“Então aí está Evelyn Hugo. Em algum lugar entre a bondade e a ruindade.”



E ai meus brilhinhos, como estamos hoje?

Sei que vocês não estão acostumados a me verem aqui falando sobre séries, mas essa eu precisava falar. Eu vi um post da Clayci do 'Sai da Minha Lente' falando sobre essa série e acabei colocando ela na lista da Netflix e um dia que eu tava um pouco cansada de ler, resolvi assistir e simplesmente acabei a série três horas depois. 

'Coletivo terror' é uma série antológica Norueguesa que estreou na netflix em plena sexta feira 13. A série tem seis episódios de no máximo 30 minutos cada um. É simplesmente impossível parar de ver.

O melhor episódio com toda certeza é o primeiro, e foi ele que me fez querer continuar a série. Esse eposódio fala sobre uma mitologia Viking sobre uma pedra do sacrificio. As pessoas daquela vila sacrificam coisas que amam em troca de dinheiro e, quando maior o amor que você sente por aquele animal, mais dinheiro você ganha. Devo dizer que esse episódio me deixou meio boquiaberta e eu dei um berro de susto na hora do plot que nossa, foi complicado. Depois desse episódio eu não tive forças pra parar de ver.

Outro episódio bem peculiar é o quinto, é uma história que quem gosta de terror já tá bem acostumado: uma professora chega numa cidade nova pra lecionar em uma escola que misteriosamente parou suas atividades anos atrás. Naquela escola, ela começa a ter contatos paranormais com alunos que também, misteriosamente, sumiram do convivio da escola. Muita gente ali acreditava que essas crianças eram "crias do mal". 

Todos os episódios falam sobre algum assunto que nos deixa um tanto desconfortavel: ganância, as famosas "passadas de pano", relações tóxicas, problemas familiares, bullying... A série cumpre exatamente aquilo que ela propõe: nos deixa desconfortáveis e um tanto aflitos. 

Essa foi a primeira série de terror norueguês que eu assisti e confesso que tô muito satisfeita. A fotografia da série me agradou muito e todas as histórias me deixam nervosa, eu senti falta de algo que me deixasse realmente aflita e fiquei bem feliz de ter descoberto essa série.

Pode ser um passatempo super bacana pra esses dias, pensar sobre os temas que essa série aborda. O único defeito dela, é que ela acaba.

Já tinham ouvido falar dessa série? 


E ai meus brilhinhos, como estamos hoje?

Hoje eu vim conversar sobre um livro que eu nem sabia do que se tratava, só via muita gente falando dele e ele tava na lista do ‘Projeto Livros e Mulheres’ da Paloma do @ourbookself e como eu não consegui ler o primeiro livro do projeto, resolvi ler esse e, tal foi a minha surpresa quando eu simplesmente não consegui parar de ler! Eu li as quase 400 páginas desse livro em pouco mais de dois dias e ‘Sadie’ se tornou um dos meus livros favoritos da vida!

*tradução de Regiane Winarski*


Sadie e Mattie são irmãs que nunca tiveram uma referencia muito boa de família. Sua mãe era viciada em drogas e vivia trocando de namorado até que um dia ela simplesmente sai de casa, deixando as duas meninas sozinhas, aos cuidados de uma avó de consideração no mesmo parque de trailers em que elas moram. Sadie, que sempre teve um cuidado excepcional com a irmã, passou a fazer dela o seu mundo, se dedicando ao máximo para que ela tivesse uma vida confortável.

Em dado momento, Mattie some de casa. Seu corpo é achado três dias depois. Com um forte ímpeto de vingança, Sadie sai em busca do assassino de sua irmã e nem sua gagueira a fará perder a força de vingar a irmã.
 “Como se perdoa as pessoas que deveriam te proteger? Às vezes, não sei do que mais sinto falta: de tudo que perdi ou de tudo que nunca tive.”

Logo de cara, descobrimos que o livro tem mais de uma narrativa: A narrativa da Sadie e a do jornalista West McCray, que foi contatado pela avó de consideração, May Beth, para que possa tentar achar a Sadie e, nesse tempo de busca, ele produz um podcast. A narrativa dele é a transcrição desse podcast.

É praticamente impossível não se prender nesse livro. O Podcast vai contando a investigação pra achar a Sadie e cada coisinha que o West acha sobre o paradeiro dela faz com que a gente acredite que no próximo capitulo eles vão se encontrar. A da Sadie, já tem um toque de rancor. Dá pra ver que ela teve que amadurecer rápido demais pra poder cuidar da irmã e agora que ela não tem mais nada, ela vai com unhas e dentes atrás do homem e, em muitos pontos, eu fiquei agoniada com a frieza dela; Em outros, eu me solidarizei tanto com ela, que torcia pra ela achar esse homem que eu nem sabia quem era e porque a Sadie sabia que tinha sido ele.

Os fatos vão sendo contados aos poucos durante a jornada da Sadie, é realmente fenomenal a forma como ela lida com toda aquela dor, com todo aquele ódio e, ao mesmo tempo é incrivelmente humana. Muitas vezes, eu tive a impressão de que isso realmente aconteceu e eu estava acompanhando mesmo uma investigação.

“As pessoas não mudam. Só passam a esconder melhor quem realmente são.”

É difícil falar sobre esse livro sem dar spoilers, eu tive muita dificuldade em parar de chorar quando o livro acabou e sempre que alguém me fala desse livro, o sentimento volta com tanta força... É realmente um livro que mexeu comigo.

Mas não pense que esse livro é só um thriller, ele aborda assuntos importantíssimos e, por conta disso, ele pode conter gatilhos. Eu não sei se algum dia serei capaz de superar esse livro, mas nossa, que livro maravilhoso.

Você já leu? Tem vontade? O que achou da leitura?

E ai meus brilhinhos, como estamos hoje?

Março foi um mês meio doido. Eu voltei a trabalhar e a estudar, mas com o anuncio da pandemia, as escolas da cidade suspenderam as aulas por 30 dias até que a situação se normalize. Não posso negar que eu tô assustada, principalmente depois do último pronunciamento do presidente, isso fez com que muitas pessoas daqui da cidade que eu moro voltassem a sair nas ruas e a se aglomerar, se a situação já tava complicada, ficou ainda pior.

Eu sigo confinada em casa, tô evitando ao máximo sair e acabei optando por uma "semi ignorancia". Eu sou uma pessoa com ansiedade e ficar confinada já é dificil (eu sou grupo de risco), mesmo com a Renata e as gatas em casa pra me distrair, eu tô completamente ausente das noticias, inclusive estabeleci um horario especifico pra ver as novidades e geralmente essa horário é quando eu já acabei praticamente todas as minhas obrigações.

Estabeleci uma rotina de estudos, de leitura, continuo acordando cedo pro dia render e me mantenho sempre ocupada pra evitar de pensar em coisas ruins e, além do mais, eu comecei a escrever meu TCC e eu tô muito feliz com isso!

Mas vamos lá, eu vim contar o que li e vi nesse mês, bora lá.



Como deu pra ver, eu fiz leituras ótimas esse mês! Na verdade, esse ano tem sido um ano excelente pra leitura, pouca coisa tem me decepcionado.

Eu continuo relendo Harry Potter e esse mês terminei mais dois livros, atualmente tô lendo a Ordem da Fênix e, como sempre vou dizer, é sempre uma sensação gostosa voltar pra um universo que me ajudou tanto a crescer e me amadureceu tanto! E eu vivo surtada com a leitura (risos)

Eu também li Na Hora da Virada que foi uma leitura estupenda e me emocionou tanto quanto o primeiro livro da Angie, essa mulher merece o mundo! Esse livro foi a leitura do mês do Projeto Empretecendo Narrativas.

O Peso do Pássaro Morto foi um livro que eu li pro Pamdle e minha nossa! Esse livro tava na minha TBR fazia um tempo e eu sempre via gente falando super bem desse livro e eu decidi arriscar. Eu não sabia nada sobre o livro e acabei lendo ele em uma sentada só e acabei ele devastada, esse livro entrou pros favoritos do ano, com toda certeza!

Sadie eu li pro Projeto Livros e Mulheres que eu participo e esse livro mudou a minha vida! Eu jantei ele, literalmente. Foi uma coisa de ler as 300 páginas dele em 24 horas, realmente eu não serei a mesma depois desse livro! Que livro incrivel! Eu ainda vou trazer a minha opinião sobre ele aqui.

O livro da Agatha foi o livro do mês de um grupo de leitura que eu participo especifico pra ler a Agatha e o livro do Vinicius foi mais um livro que a Bia do @mamaetalendo, um blog para o qual eu escrevo, me mandou pra ler e resenhar. Eu gostei muito desse livro, mas não foi um dos meus favoritos do Vini, isso é um fato.




Eu também aproveitei esse tempo ocioso em casa pra assistir algumas coisas e até eu fiquei surpresa quando olhei o caderninho onde eu anoto as séries e filmes que eu vi e vi esse tanto de coisa (risos)

The Outsider eu já estava acompanhando pela HBO e quando eu assisti os últimos episódios eu fiquei muito feliz mesmo, eu adorei essa série e tô morrendo de vontade de ler o livro, já tô procurando um espaço pra ele na minha TBR!

Também assisti Hunters que é sensacional! Apesar dos episódios grandes, a história é sensacional e pra quem curte saber mais sobre o holocausto, essa série é fora do comum, muito bem feita! Eu pretendo falar dela por aqui também. Ah, ela é original do Prime Video.

Na Netflix eu vi a terceira temporada de Elite que eu gostei bastante, mesmo qua algumas coisas ali não tenham me convencido muito, eu gostei. E nossa, a série tem um gancho pra mais uma temporada, porém eu prefiro acreditar que essa temporada não vai existir porque chega de história, vai ficar forçado. Também vi Coletivo Terror que eu peguei de indicação no blog da Clayci e eu assisti ela todinha enquanto a Renata tava tirando um cochilo e eu simplesmente amei essa série, também tô planejando falar dela por aqui.

De filme, eu vi O Poço que eu achei bem mediano, mas como alegoria ele é sensacional. Por mais que não seja o tipo de filme que eu recomendo ver nesse tempo estranho, vale super a pena e a Rê quer falar sobre ele por aqui. Também vi um filme bem antigo que a Renata ficou absimada quando soube que eu nunca tinha visto, O Show de Truman,e eu achei esse filme muito interessante mesmo, rendeu uns debates bem bacanas por aqui. E por último, mas não menos importante, eu vi O Homem Invisivel e fiquei realmente abismada com esse filme, ele claramente mostrou como uma mulher que vive numa relação abusiva se sente e, juro, os homens que não gostaram do final do filme, é só porque eles são homens e nunca viveram uma relação abusiva. Esse filme é fenomenal mesmo e a Rê também quer falar dele por aqui.

Bom, basicamente esse foi o meu mês de Março, onde alternei minha vida entre ler e ver séries e estudar e produzir o TCC! Confesso que eu tô lidando com isso melhor do que eu jamais imaginaria.

Por hoje é isso. Me contem aqui se vocês já viram algum dos filmes e séries que eu citei, se já leram alguns dos livros e me contem como foi o mês de vocês!