[CAFÉ COM AUTOR] - Fabricio Fonseca

E ai meus brilhinhos, como estamos hoje?


O post de hoje é muito especial pra mim e eu queria fazer já tinha um tempo. Faz um tempão que eu não trago alguém pra tomar café aqui comigo e dessa vez eu trouxe o Fabs, que é um escritor de comédias e clichês e que surta nas redes com frequência. Nosso papo foi uma delicia, segue ai pra conferir!




Oi Fabs! Primeiramente, muito obrigada por tirar um tempinho pra conversar comigo! Pra começar já com o pé na porta, conta quem é você na fila do pão.


  • O que pede pão com salame! Brincadeirinha gente. Eu sou escritor, acadêmico de Psicologia e funcionário público da saúde. Eu AMO ler, escrever e assistir série e sou completamente apaixonado por Percy Jackson, Jão e séries literárias sem fim. Eu comecei a escrever aos 15 anos em um blog onde postava contos e aos 16 escrevi o meu primeiro livro “A Inútil Capacidade de Ser Normal” que foi publicado em 2018. Eu gosto de escrever principalmente histórias de humor sobre amizade, mas também escrevo umas histórias engraçadinhas de romance - geralmente protagonizadas por garotos bissexuais. E bem, é isso!


Você já escreveu 19 (talvez mais, tô me baseando no seu perfil do wattpad) histórias, de onde você tira tanta criatividade? Simplesmente surge uma história do nada? 


  • Todas as minhas histórias são inspiradas por situações da minha vida, e eu escrevo histórias tipicamente brasileiras então eu tenho muito pra me inspirar já que o Brasil por si só já é um país muito criativo. Até hoje apenas um conto meu não se passa em Minas Gerais, então eu sinto que ainda tenho muito do Brasil pra explorar!


Acho que quase todos os seus livros têm Playlist, tem algum critério pra escolher as músicas? Ou é mais o que você acha que os personagens vão gostar? E ah, seus personagens gostam das mesmas músicas que você?


  • Eu sinto que minha escrita é muito conectada com a música, então quando monto a playlist eu sempre escolho algo na letra que case um pouco com a história, então se a pessoa reparar bem na sequência das músicas, pode acabar descobrindo o rumo que as histórias irá tomar. Acho que pelo menos a maioria das músicas os personagens gostariam sim.


Você escreve livros engraçados onde, às vezes, a gente acaba rindo de coisas que supostamente não era pra rir e ao mesmo tempo você aborda questões sociais bem importantes. Porque você decidiu falar sobre isso de uma forma engraçada?


  • Eu acho que qualquer espaço é um bom espaço para falar sobre a vida como ela é, pra passar alguma mensagem, algum recado ou uma “moral da história”. Eu sinto que sou uma pessoa um pouco engraçada então tento juntar as duas coisas, tentando fazer de uma forma que esse humor não acabe anulando a mensagem que contém ali na história, claro.


Quando você sentiu que tinha muita história pra contar? Como foi isso? Teve alguém que te inspirou ou te inspira até hoje?


  • Ai meu Deus essa pergunta foi perfeita! Então, eu consigo ver durante toda a minha trajetória na escola os professores me reforçando a escrever, porém teve uma professora de Matemática no Ensino Médio que me ajudou muito com isso, ela dizia temas para eu escrever e sempre lia as histórias com muito carinho e isso acabou me reforçando demais. A primeira história que eu escrevi era meio americanizada, algo sobre vampiros e tals (juro que não era plágio de Crepúsculo), mas eu só senti que tinha algo de verdade para contar quando situei uma história em um ambiente que conheço bem: uma cidade pequena de Minas Gerais. Desde então eu tenho escrito um pouco.


Com quais livros você começou a gostar de ler? 


  • Eu já tinha lido alguns livros antes, mas o livro que realmente me prendeu e me fez ir atrás de mais foi “Fallen” da Lauren Kate, tenho um carinho muito especial com essa série por causa disso.


Qual seu TOP 5 de livros favoritos da vida?


  • “Percy Jackson e Os Olimpianos”, “Perdão, Leonard Peacok”, “Você Tem A Vida Inteira”, “Will & Will” e “As Razões de Cris”.


Qual dos seus livros foi o mais difícil de escrever? E o mais fácil?


  • O mais difícil foi de longe “José e os NERDS Contra o Mundo” porque o personagem principal é extremamente diferente de mim e antes disso os meus personagens narradores sempre tinha algo de mim. O mais fácil foi “A Inútil Capacidade de Ser Normal” porque o personagem principal tem toda a minha personalidade.




Agora vamos falar de livros em específico. De onde surgiu a inspiração pra escrever A Inútil Capacidade de ser Normal? Esse foi o seu primeiro livro e, se eu não estiver errada,você escreveu ele com 16 anos!!!! Conta mais sobre esse processo!


  • Tem algo do João que eu vivi muito especificamente que foi a questão de não gostar muito de sair, de ficar em casa e minha mãe ficava muito preocupada com isso - apenas preocupada, ela não era tão louca quanto a mãe do João rsrs - e em um belo dia eu estava saindo de casa e, como que em um estalo, a história toda surgiu em minha cabeça. Eu nunca nem escrevi um roteiro para esse livro, eu apenas coloquei nele as coisas que sentia e/ou gostaria de ter vivido.


Joca e os Caras também é um livro incrível, eu adorei ler essa história, realmente me conquistou. Como se deu o processo de escrita desse livro? Como foi lidar com o Joca que é de um mundo de luxo e com Os Caras que são de uma realidade completamente distinta? 


  • Esse livro foi uma história trabalhada com um pouquinho maior de tempo. Eu tinha 2 ideias para histórias e decidi uní-las em uma só. Eu construí um roteiro que depois tive que rever e adicionar outras coisas (principalmente porque os leitores do Wattpad clamavam por uma história um pouco mais elaborada). O Joca eu construí de ideias meio estereotipadas sobre o que é ser um garoto rico mimado, os Caras foi mais fácil porque eu já vivi naquele ambiente em que eles estavam inseridos e a partir daí tentei imaginar o quão louco seria se esses dois mundo se chocando, eu acho que deu certo rs.



Eu, de uns anos pra cá, venho vendo um levante de autores independentes LGBTQIA+, com livros incríveis, ganhando notoriedade, tendo destaque, inclusive o Vitor Martins, Vinicius Grossos e Lucas Rocha que foram traduzidos pra gringa!! Mas, acredite se quiser, quando eu saio da minha bolha, eu sinto que algo que eu escuto falar todos os dias, muita gente não conhece. Como você sente que tá o mercado editorial pra gente e porque você acha que tem poucos livros LGBTQIA+ publicados? Os influenciadores, mesmo que pequenos, fazem diferença nisso? 


  • Eu sinto que ainda somos um nicho pequeno, apenas só nosso mesmo e esse nicho fica ainda menor quando se trata de autores independentes e ainda menores quando falamos sobre os escritores de plataformas como o Wattpad (eu publico lá desde 2013, mas algumas pessoas me conheceram somente esse ano). Isso acontece porque as editoras precisam publicar aquilo em que sabe que terão êxito de venda, se o público não pedir, não haverá lançamentos. Eu sinceramente sinto que o mercado independente tem afetado muito nessas questões porque os leitores têm consumido essas histórias LGBTQIA+ independentes e isso faz com que as editoras busquem também lançar essas histórias. E eu acredito sim que os influenciadores têm papéis muito importante nessa luta por espaço da literatura representativa. 


Em um tweet, o que as pessoas podem esperar quando leem algum livro seu?


  • Algumas gargalhadas, uma pequena reviravolta inesperada, personagens LGBTQIA+, cenas fofinhas e claro MUITO clichê pois vivo para escrevê-los!


Por último, mas não menos importante, faça seu jabá! Onde a gente acha seus livros, suas redes pra surtar com seus livros!

  •  Me encontre pelo mundo: eu estou na Amazon com meus dois livros e outros contos sobre garotos amando garotos; dá pra me ler totalmente de graça no Wattpad @FabrcioFonseca e me encontrar no Twitter @fabriciofonsec3 e no Instagram @fonsecafabs.


17 comentários:

  1. Olá, adorei a proposta do quadro aqui do blog, através dele é possível conhecer pessoas incríveis como o autor Fabrício, adorei ler as perguntas e respostas!

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  2. Oi Bianca, que quadro legal! Adoro entrevistas, fiz várias no meu blog quando fazia parceria com os autores, agora, faz um tempinho que e não faço. Ainda não conhecia o autor mas, estou interessadissima em conhecer a escrita dele, tão jovem seguindo essa carreira árdua de escritor. Boa sorte!

    Viviane Almeida
    Resenhas da Viviane

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  3. Olá.
    Gosto muito de posts assim, pois sempre conhecemos autores novos e que merecem nosso total apoio. Eu, por exemplo, não conhecia o Fabricio, mas já estou atenta aos seus lançamentos e livros, já que também gosto muito de ler obras com representatividade. Espero que ele alcance o mundo!

    www.sonhandoatravesdepalavras.com.br

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  4. Adorei esse quadro, que venham muitos outros pra compartilhar suas experiências por aqui. Essa entrevista foi maravilhosa, ótimas perguntas e excelentes respostas.

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  5. Gostei bastante desse quadro, é muito legal conhecermos mais dos autores e dando cada vez mais oportunidade de crescimento no mercado. Eu também amo Percy!!

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  6. Olá, tudo bem? AH adoro demais conhecer mais autores, e saber um pouco mais dos seus processos de criação e por menores. Não conhecia o Fabricio, mas fiquei interessada em vários títulos dele. Que traga mais nomes para o quadro, pois super curti a proposta.
    Beijos

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  7. Olá, não conhecia o autor que já tem uma trajetória bem dinâmica, ele é bastante fluido ao falar o que aprecio e as perguntas fez com que a entrevista tomasse um tom de bate-papo informal, adoro quando isso acontece.

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  8. Adorei a entrevista! Me interessei por alguns dos títulos que li ali em cima e vou correr atrás. rsrs
    bjos
    Lucy - Por essas páginas

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  9. Caramba! 19 livros? Adorei!
    Não conhecia o autor, mas super adorei! Vi alguns títulos que me chamaram atenção e já vou ficar de olho para uma próxima leitura

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