{DOCUMENTÁRIO} Pray Away - Ryan Murphy e Kristine Stolakis

 Olá pessoas, como estão?


Hoje eu vim falar sobre o documentário disponível na netflix chamado Pray Away, que fala sobre a “terapia de reversão sexual”. Eu fui assistir ao documentário já preparada pra ver coisas horrendas e tudo isso conseguiu ser ainda mais horrendo e doloroso do que eu tinha imaginado. Então, se você, por ventura, não estiver num dia bom ou esse tema for sensivel pra você, peço que leia com cuidado ou que volte aqui no próximo post!




Pray Away é um documentário produzido pelo Ryan Murphy com direção de Kristine Stolakis conta a história da Exodus, uma organização religiosa liderada por pessoas que não eram psicólogas (não que isso fizesse a diferença efetivamente) e tinha o apoio de psicólogos e outros líderes religiosos e essa organização promovia a chamada “Cura Gay”. Essa institução alegava que a homossexualidade se dava por meio de “comportamentos gays” e que, se você fosse condicionado a aceitar seu lugar determinado por deus e aceitasse deus no seu coração, você “voltaria a ser hétero”.


Essa produção toca no ponto sensível de muitas pessoas LGBTQIAPN+, mostrando até pessoas que se consideram ex gays e o documentário também mostra os lados dos ex-lideres da Exodus e de pessoas que sobreviveram a toda essa atrocidade. Pra se ter uma noção, essa organização promovia encontros, palestras, mil coisas, tudo para agrupar pessoas que queriam “deixar de sentir atração pelo mesmo sexo” e assimn, fazendo uma lavagem cerebral nessas pessoas, algo que deixou marcas muito grandes nas pessoas que sobreviveram a isso.


E pra fazer um contraponto a esses relatos que doeram na minha alma, o documentário conta com Jeffrey McCall, que se considera um “ex-transgênero” e até hoje faz passeatas e participa de um grupo para “curar gays”, inclusive até hoje ele aborda pessoas no meio da rua pra contar a história dele.




Esse documentário me deixou atônita em muitos momentos, principalmente quando contou a história de uma lésbica que sobreviveu a isso e hoje em dia carrega muita coisa dentro dela, mesmo que mostre no documentário o quanto ela tá feliz hoje em dia, ela fala que tem coisas que ela viveu dentro da Exodus que vão marcar a vida dela pra sempre.


É muito dramático tudo isso e pensar que até hoje entende que ser queer é sinônimo de falta de deus, de promiscuidade, de todas as coisas ruins que se puder imaginar. Eu lembro muito de quando me assumi e me disseram que era só uma fase e isso iria passar. Eu lembro que a partir desse ponto, eu só fui ainda mais fundo no poço. 


Pray Away é um documentário incrível, não pela produção em si, mas pelo que ele fala e mostra, falando sobre nossas sensibilidades e nossos pontos que doem tanto e das feridas que a gente carrega. Também mostra muito a importância da terapia com profissionais decentes, que entendem quem somos e que não estamos errados, isso é incrível. 


Foi muito doloroso ver esse documentário, mas também foi algo que precisava ser feito, entende?


Bom, eu poderia ficar horas falando sobre esse documentário, mas vou encerrar o texto por aqui. Se você assistir ao documentário e quiser conversar, estou disponível! E se você passou ou passa por isso: PROCURE AJUDA PROFISSIONAL. Ligue para o CVV, peça pra um amigo te levar a um psicólogo, peça ajuda e denuncie essas práticas.




6 comentários:

  1. Oi, tudo bem? Lembro de ter ouvido alguém comentando sobre esse documentário mas não tive oportunidade de assistir ainda. Desde pequena fui ensinada que cada um deve cuidar da própria vida. Julgar se a decisão que o outro toma é certa ou errada só diz respeito a ele. Quantas mulheres, por exemplo, vivem em relacionamentos abusivos mas não conseguem enxergar isso? Enquanto ela mesma não quiser sair dessa situação ou continuar "amando" o companheiro precisamos entender concorda? Creio que devemos respeitar o espaço dos outros. Um abraço, Érika =^.^=

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  2. Oi Bianca!
    Não ouvi falar desse documentário, mas fiquei curiosa sobre o assunto, fui criada que acima de nossas responsabilidades temos que ter respeito pelos outros, cada um tem os seus problemas para enfrentar e ninguém é perfeito para julgar outra pessoa, fico revoltada quando vejo pessoas apontando o dedo sendo que não olha seu próprio umbigo, já tem muita coisa errada nessa vida, feminicidio quase todos os dias parece que virou rotina e nossa justiça fica muito a desejar, mas enfim, adorei seu post, assim que tiver um tempinho irei assistir, obrigado pela dica!

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  3. Oi Bianca!

    Estou conhecendo este documentário através do seu post e achei o documentário bem interessante e pelo sua opinião bastante forte. Com certeza vou ficar abismada com os relatos. Fico imaginando o quanto essas mulheres sofreram e sofrem nas mãos dessas organizações que promovem uma Cura. Vou tentar assistir assim que possível. Obrigada pela dica.

    Bjos

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  4. Oie, tudo bem?
    Eu não sou muito de assistir a documentários, então, não conhecia esse. Mas acredito que seja algo bastante perturbador de assistir. É assustador saber que ainda há quem acredite e promova a "cura gay", e não consigo imaginar o sofrimento que as pessoas passaram dentro dessa organização. Não sei se eu assistiria, porque deve ser muito doloroso, mas entendo o quanto o documentário é importante. Amei seu post e vou anotar a indicação para assistir futuramente.
    Beijos

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  5. Eu gosto muito do Ryan Murph e ainda não conhecia esse documentário. Já quero dar play agora mesmo!
    Beijos

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  6. Olá, tudo bem? Acho que não daria nada certo vendo esse documentário, porque só pelo que falou já senti arrepios esquisitos. Parece super pesado, mas sei o quanto pode ser importante para algumas pessoas assistirem algo sobre o assunto. Excelente postagem acerca!
    Beijos

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