{OPINIÃO} A Tecelã do Céu - Uma fantasia com protagonismo sáfico

E ai meus brilhinhos, como vocês estão?

Hoje eu vim aqui conversar sobre um livro de fantasia que foi uma supresa extremamente grata, que me fez ficar vidrada e torcendo pelo casal e nossa, nem sei o que falar. Vamos lá?!

No último volume da série Iskari, uma guerreira e uma ladra não vão medir esforços para encontrar Asha — mas enquanto uma quer protegê-la, a outra quer matá-la.

O reino de Firgaard passou por tempos turbulentos desde que Dax assumiu a coroa ao lado de Roa, uma garota nascida em território inimigo. Agora, cabe a Safire, prima de Dax e comandante do Exército real, manter a ordem na cidade.
Quando Eris, uma ladra capaz de se deslocar por mundos diferentes, invade o palácio e passa a cometer roubos impunemente, Safire vê diante de si um desafio quase impossível: capturar alguém que consegue desaparecer num piscar de olhos.
O que nenhuma das duas esperava era compartilhar o mesmo objetivo: encontrar Asha, irmã de Dax e namsara do reino. A diferença é que Safire quer garantir sua segurança, enquanto Eris pretende entregá-la a seus inimigos. Em uma corrida contra o tempo, uma vai tentar derrotar a outra a qualquer custo — mas um sentimento surpreendente entre elas pode mudar tudo.

Traduzido por Eric Novello

(e-book cedido pela editora)

Já quero deixar claro que eu ainda não li os dois primeiros volumes da trilogia, pois eles são independentes. 

Aqui, o protagonismo é da Safire que é a comandante do exercito real e, a gente vai descobrindo ao longo do livro, passou por poucas e boas na vida. E, do outro lado, temos a Eris, que é uma ladra mais conhecida como Dançarino da Morte. 

A história dessas duas começa quando a Eris rouba algumas coisas do castelo e a Safire a pega fugindo, mas como ela está disfarçada de soldado acaba passando batido. Desde então, Eris resolve ficar perseguindo a moça (stalker?!). Mas as coisas começam a ficar mais dificeis quando Eris precisa voltar ao navio pirata da pessoa que a mantém como escrava e descobre que precisará sequestrar a prima de Safire, Asha, e que em troca disso, o pirata lhe daria a liberdade tão desejada.

"Será que podemos mesmo chamar de justiça quando aqueles que controlam o cumprimento das leis são os únicos isentos da sua aplicação?"

Eu não sei descrever o quanto eu amei esse livro! 

Ele já começa bonito porque em algumas partes conta a lenda de como a Tecelã do Céu foi criada e a história da Eris, que passou a vida toda confinada com os tecelãos e que hoje em dia é uma fugitiva da imperatriz e, principalmente da Safire, que conta quem ela é o que ela passou na vida. São relatos bem fortes.

Mas o que me pegou mesmo, foi a tensão que existe entre a Eris e a Safire desde o inicio da história e como elas duas estão buscando a mesma coisa mas de formas diferentes, pois a Eris depende de achar a Asha pra ter sua liberdade e a Safire quer avisá-la e protege-la. Tem toda uma intriga politica e sem contar o contexto social do mundo, as relações de poder, as coisas escondidas e o próprio universo que é uma beleza a parte, eu me vi fisgada por essa história desde a primeira página e criando inumeras teorias!

Créditos: Gabriella Bujdoso

 

Desde que me entendo por lésbica, eu procuro representatividade em tudo que der e, por mais incrivel que pareça, eu nunca tinha lido um livro de fantasia com um casal de meninas, que não morrem no final e que a relção delas não é o ponto central da história, é algo que somente permeia o livro todinho, a tensão tá sempre ali.

Eu fiquei encantada por essa história e vou falar dela sempre! É muito importante que a gente procure personagens LGBTQIA+ não só no mês de julho, que a gente cobre e que a gente consuma esses conteúdos. Pois eu, no alto dos meus 20 e tantos anos, amei ver duas mulheres fortes, dragões e piratas e lendas unidos em um livro só com o bônus de enemies to lovers, imagina uma menina mais nova que ainda tá se entendendo? 

Não vou me alongar demais, mas leiam esse livro, divulguem esse livro e todos os outros que mostram que a gente é que não matem a gente. Isso sim é importante.