Autor: Bruno Jovovich
35 capítulos + epilogo

Sobre o livro:


Uma saga de auto-descoberta de Iago: o hetero.
O jogo de sedução de seu amigo, quase irmão: Enzo, o bissexual.
Irmandade, Bromance, Brotheragem ... Como você chama?
Não se engane, é mais que simples BROTHERAGEM.
AVISO: Não recomendado para menores de 18 anos.

Minha Opinião:
               Mais uma obra de Bruno Jovovich, o primeiro livro que li desse escritor, que me conquistou logo de cara. Mais que um romance, é a amizade entre duas pessoas, Iago e Enzo, que se conhecem desde a infância, vizinhos, amigos, irmãos de alma, formam uma família diferente.
               Enzo mora com o pai, Iago com a mãe e a irmã, desde que o pai abandou, depois do nascimento da irmã, eles cresceram entre uma casa e outra, construirão uma família diferente, Pedro o pai de Enzo era como o um pai para Iago e sua irmã Ju, e a mãe de Iago como uma mãe para Enzo que cresceu sendo cuidado por ela enquanto seu pai trabalhava.
               Amigos, irmãos, brother, e quem sabe algo mais, eles cresceram juntos, um ano apenas de diferença, compartilharam e acompanharam as mudanças um do outro, o nascimento do primeiro pelo, a primeira vez, enfim, tudo. Um ajudava o outro, um ensinava o outro, um protegia o outro.
               “Botheragem: Do inglês Brotherhood, que significa irmandade. Na definição mais livre, significa dizer que duas pessoas do mesmo sexo podem fazer coisas mais intimas uma com a outra, claro, só na brotheragem, sem viadagem! HAHA”
               Até que Enzo se mudou para estudar e a convivência diária foi substituída por visitas esporádicas, até a sua volta definitiva, ele estava diferente, mais maduro, mais homem, com experiências, que Iago jamais imaginou ter, pelo menos até aquele momento. Traumas do passado serão revelados.
               “Eu quero que as pessoas deem o devido valor aos sentimentos que sentem e que não se entregue na primeira batalha que enfrentarem...”
               Enzo bissexual, Iago hétero, Enzo querendo guiar Iago por esse mundo da brotheragem enquanto curte sem compromisso, Iago com receio mais deixa se levar, um sentimento começa aflorar e crescer, será que eles estão pronto para mais esse passo, a brotheragem que vira romance, a amizade um amor.
           
“Queria que entendesse que o amor está sob todo e qualquer tipo de julgamento”
              Esse livro é muito mais que um romance ou a amizade dos dois, é a soma das partes, o conjunto da obra, é o descobrimento do amor, a luta por essa amizade e esse amor, a aceitação, a exposição e superação de um trauma do personagem, e o amadurecimento deste.
               É uma estória linda, com altos e baixos, com uma trollagem do escritor no final do livro, que só a fez ficar melhor, só sei que estou com vontade de reler depois disso.


 PS.: Playlist do livro para quem quiser escutar https://open.spotify.com/playlist/016AY97gkf0B6u7MVplJTo
               Beijão, até a próxima
               MaLê

imagem retirada daqui


Veronika decide morrer
Paulo Coelho
Editora objetiva
Nota: 5/5 

“– Está frio, mas é uma bonita manhã – disse Zedka. – É curioso, mas minha depressão nunca aparecia em dias como este, nublados, cinzentos, frios. Quando o tempo estava assim, eu sentia que a natureza estava de acordo comigo, mostrava minha alma.”


Sinopse: 

Aos 24 anos, a eslovena Veronika parece ter tudo : juventude e beleza, pretendentes, uma família amorosa e um emprego gratificante. Mais num dia frio de novembro ela toma um punhado de remédios para dormir com a intenção de nunca mais acordar. 
Só que ela acorda - e no Sanatório de Villete, o lugar de onde ninguém jamais havia fugido. Logo fica sabendo que só teria alguns dias de vida e isso desperta emoções até então desconhecidas.
Inspirado em experiências próprias, Paulo Coelho escreve 'Veronika Decide Morrer' para questionar o significado da loucura e celebrar os indivíduos que não se encaixam nos padrões do que a sociedade considera 'normal'.
Ousado e esclarecedor, este romance de redenção faz um retrato faz um retrato tocante daqueles que estão na fronteira entre a vida e a morte, sanidade e loucura, felicidade e desespero, transmitindo a mensagem poética de que cada dia é um verdadeiro milagre.

Resenha:

Eu já tinha lido esse livro um tempo atrás (devorei na verdade) mas a leitura não tinha sido tão intensa quanto foi agora. Dessa vez, senti tanta coisa que não sei se vou conseguir descrever.

Bem, pra começar a Veronika, como dito na sinopse, ela tem tudo que ela quer e leva uma vida normal, sem maiores desafios nem complicações, mas um belo dia, ela decide que a existência dela não vai passar daquilo, que ela não vai ser maior do que é e que vai começar a ficar velha e não vai mais ser desejada. Então ela toma esses comprimidos, um por um, só pra sentir a vida indo em bora.

Enquanto espera a morte chegar, ela lê uma revista, e na revista fala que ninguém sabe onde é a Eslovênia; ela se revolta e escreve uma "carta de suicídio" contando onde fica o pais. 

Quando ela acorda e percebe que não deu certo, ela fica desesperada, mas o médico fala que devido aos medicamentos o coração dela foi gravemente afetado e ela só tem mais uma semana de vida, talvez nem isso. No inicio ela pensa "legal, vou sentar e esperar a morte chegar", mas não é bem isso que acontece.

Ela conhece alguns outros internos com outras doenças e histórias (temos Esquizofrenia, Depressão e Síndrome do Panico) e, convivendo com essas pessoas, ela acaba se descobrindo, se conhecendo, tanto que tem um trecho do livro que ela fala, mais ou menos, que quando ela tentou se matar, ela tentava matar alguém que ela detestava mas não sabia que existiam outras Veronikas que ela aprenderia a amar.

Curiosidade: Pra quem não sabe, no livro, existem muitos trechos reais porque o Paulo foi internado 4 vezes (se não me engano) em um hospicio. Na época em que ele era jovem, ser artista era uma coisa horrivel, os artistas eram marginais e loucos e muitos pais internavam os filhos nesses lugares para que eles se curassem da "doença do artista".

Mas voltando para a Veronika, é realmente uma personagem que te cativa, que faz você ficar sem ar e se apaixonar muito, a luta dela pela vida ou pela morte, as descobertas que ela faz a cerca de si mesma, do amor que ela começa a sentir por ela, é muito surreal. É um livro forte, e tem gatilhos sim, mas cara, é um livro que precisa ser lido e discutido. Essa coisa do Suicidio é muito séria. Qual é a sua opinião sobre isso? Vamos conversar!

Um beijo e até mais! 


Carolinas: Uma garota, um segredo e uma escolha
Fábia Barbosa
Nota 3,5/5
Disponível na Amazon

Sinopse: 
 
Quando o passado se une ao presente, Brianna Muller, não sabe o que fazer.
Primeiro as perguntas surgem com um turbilhão de emoções que há anos não sentia.
Desespero, incredulidade, medo e saudades se misturam em suas entranhas com a intensidade de mil outros sentimentos esquecidos por muito tempo em um só coração.
Quem é essa garota que voltou para assombrar seus dias? E quem diabos é esse homem que faz o seu coração palpitar de forma descontrolada dentro do peito?
Muitas perguntas, uma única resposta. 
Um segredo que apenas alguém muito íntimo seria capaz de desvendar!

Resenha:

Vamo lá então, recentemente eu fui aceita como parceira da Fábia, que também é uma blogueira que eu admiro muito (@koalaleitora) então eu me inscrevi, acabou que eu fui aceita e eu tô berrando com isso, cês num tem noção kkk

Agora, vamos falar do livro. Logo de cara, temos um pé na porta desgraçado porque a Binha consegue descrever de uma forma tremendamente dramática a morte da melhor amiga da Brianna, a Carol. Elas tinham sonhos juntas, criaram expectativas e estavam prontas pra ir pra faculdade, mas acabou que só a Bri foi. 

Beleza, nesse dia em que a Carol morre, a menina que divide quarto com ela, a Ayala, consola ela e elas acabam virando super amigas desde então. As duas cursam a mesma faculdade e passaram a se ajudar.

Em uma dessas aulas, Brianna meio que discute com um dos professores dela e, P da vida, do nada, voltando pro quarto, ela vê a "melhor amiga morta" BEM NA FRENTE DELA CONVERSANDO COM O PROFESSOR CHATO! Sim, meu caro leitor, eu fiz a mesma cara que você esta fazendo agora. 

Depois de um tempo, Bri explica para a Ayala o que aconteceu, e ela acaba se aproximando da menina pra descobrir alguma coisa e acaba descobrindo tanta coisa sobre a Lina (sim, as duas se chamam Carolina), que essa história toda vira o tema do TCC dela.

Agora uma opinião; veja bem, o livro acabou comigo, eu devorei ele. Acho que, de todas que leram o livro, eu fui a única que odiou o Professorzinho, porque achei ele meio abusivo e com umas atitudes nada a ver (ele e a Bri se envolvem durante o livro), mas de uma forma geral, o livro retrata muito bem essa coisa de superar os traumas, aprender a conviver com a dor, aprender que as pessoas sempre permanecerão vivas nas nossas memórias e em nosso coração. Mostra toda a evolução de uma mulher muito empoderada e segura de si porém com muitas feridas dentro de si. A Leitura foi extremamente cativante, me prendeu do começo ao fim. E quando todo o mistério por trás das Carolinas é revelado, é simplesmente fantástico! É aquele tipo de livro pra quem tá na ressaca, pois é super leve e com toda certeza vai te prender!!

A Estrela que nunca vai se apagar
Esther Earl e familia
Intrinseca 
Nota 5/5

"Apenas seja feliz, e, se você não conseguir ficar feliz, 
faça coisas que o deixem feliz. 
Ou fique sem fazer nada com as pessoas que o fazem feliz."


Sinopse: Diagnosticada com câncer da tireoide aos doze anos, Esther Grace Earl era uma adolescente talentosa e cheia de vida. Fazendo jus ao nome, que em persa significa “estrela”, ela marcou todos em seu caminho com sua generosidade, esperança e altruísmo enquanto enfrentava com graciosidade o desgaste físico e mental causado pela doença. Filha, irmã e amiga divertida, alto-astral e inspiradora, Esther faleceu em 2010, logo após completar dezesseis anos, mas não sem antes servir de inspiração para milhares de pessoas por meio de seu vlog e dos diversos grupos on-line de que fazia parte. A estrela que nunca vai se apagar é uma biografia única, que reúne trechos de diários, textos de ficção, cartas e desenhos de Esther. Fotografias e relatos da família e de amigos ajudam a contar a história dessa menina inteligente, astuta e encantadora cujos carisma e força inspiraram o aclamado autor John Green a dedicar a ela sua obra best-seller A culpa é das estrelas.



Resenha: Fui ler esse livro por indicação de uma amiga minha, a Vi. Eu nem sabia do que se tratava o livro na verdade. Só vi o post dela lá e ela disse que talvez eu fosse gostar e fui na biblioteca pegar ele pra ler. Melhor coisa que eu fiz.

Esse livro trás muitos questionamentos pro leitor. Pensem bem, você que está aqui lendo, você fez coisas boas por alguém? Amou sem medo? Foi feliz apesar das dores? Viveu da maneira mais linda possível todos os seus dias até hoje?

O Livro me fez pensar esse tipo de coisa. Acompanhar a história dessa garotinha de tantos pontos de vistas diferentes, pois no livro temos depoimentos dos familiares, amigos e tem umas cartinhas dela mesmo! Todas elas refletem uma menina feliz, que mesmo com tudo que ela passa, os tratamentos experimentais, as doenças que a acometem, as dores, as limitações e as consequências de se ter câncer, tudo isso é narrado pelas pessoas de fora, e em algumas cartinhas, ela relata como é ser ela. Dá pra ver a alma nobre que ela tem. Ela queria fazer algo grande por esse mundo, queria espalhar amor, espalhar a Nerdfighteria (o que eu também sou, desde sempre), ela é simplesmente uma pessoa apaixonante!

Tem muita coisa pra se falar desse livro, mas dentre tudo o que poderia ser dito, quero pedir que leiam esse livro, porque ele com certeza vai mudar o seu jeito de ver a sua vida, as pessoas ao redor, encarar os problemas, tudo!
 Alguma vez você já confundiu um sonho com a realidade? Ou roubou algo quando você tinha o dinheiro? Você já se sentiu triste? Ou pensou que o trem estava em movimento quando ele estava parado? Talvez eu fosse louca, talvez fossem os anos 60, ou talvez eu fosse, apenas uma Garota Interrompida.  

                                                                    Garota, Interrompida.
                                                                                                       Nota: 9/10

Olá, Tudo bem?  
 Hoje vamos falar sobre um assunto sério e delicado, aproveitando a campanha do mês de setembro amarelo: prevenção ao suicido. Garota interrompida tem um significado mais profundo para mim. 

Sinopse: Em 1967, após uma sessão com um psicanalista que nunca havia visto antes, Susanna Kaysen (Winona Ryder) foi diagnosticada como vítima de "Ordem Incerta de Personalidade" - uma aflição com sintomas tão ambíguos que qualquer garota adolescente pode ser enquadrada. Enviada para um hospital psiquiátrico, ela conhece um novo mundo, repleto de jovens garotas sedutoras e transtornadas. Entre elas está Lisa (Angelina Jolie), uma charmosa sociopata que organiza uma fuga.



Baseado em um livro biográfico de mesmo nome e escrito por Susanna Keyzen, o filme corresponde a uma adaptação bem fiel aos relatos da experiencia dela no hospital. 

A trama nos mostra de maneira sutil que as pessoas que estão passando ou tem algum transtorno ainda sim, são seres humanos com sonhos, desejos e histórias. 

Como a história acontece no contexto dos anos 60, que claramente tem as regras sociais diferentes das quais estamos acostumados. A psicologia ainda engatinhava nas descobertas sobre o comportamento humano e pouco se sabia sobre o assunto, era um campo ainda a ser muito estudado. 

Isso se reflete logo de cara quando os pais de Suzanna após o incidente à levam para uma consulta  em  um psicólogo amigo da família, assustados e envergonhados com a atitude da Jovem, que para eles era perfeitamente estável e promissora. O profissional já tem uma opinião formada sobre Suzanna baseado no relato dos paisConvencida a interna-se no hospital ela inicia uma jornada de autodescoberta e fazendo amigas no hospital.  

Lisa Rowe que é interpretada por Angelina Jolie que levou um Globo de ouro e um Oscar na categoria Melhor atriz coadjuvante por esse papel. Lisa é diagnostica como Sociopata e fica claro em sua primeira cena o domínio sobre os que estão a sua volta, sem mencionar a instabilidade emocional. Colega de quarto de Suzanna é Georgina Tuskin (Clea DuVall) uma mentirosa patológica. 

Ao longo da estória a personagem principal se aproxima da vida dos outros pacientes e funcionários, criando vínculos e entendo mais sobre si própria. Em si o filme deixa bem claro a melancolia em sua fotografia cinza e escura. Nos diálogos profundos sobre o que está acontecendo dentro da personagem, ela consegue nomear o inominável de seus sentimentos profundos, às vezes carregados pelo sarcasmo. 

Existe uma cena no filme que para mim tem todo um valor emocional e me impactou logo de cara: 
  • "O que você diria a ela? Não sei, que sinto muito, que não saberia como é ser ela e que sei muito bem o que é querer morrer, como machuca sorrir, como você tenta se encaixar, mas não consegue e como você se fere por fora para tentar matar a coisa lá dentro. Suzanna você tem que contar aos médicos como se sente. Como eu vou contar se não entendo a minha doença? Entende sim, acabou de explicar claramente sobre ela um segundo atrás” 
Eu acredito que esse pequeno dialogo possa lhe convencer a sentar e ver esse filme fantástico e profundo, não é à toa que ele foi premiado elogiado pela crítica especializada. 

Pequeno Principe
Antoine De Saint-Exupéry
Geração Editorial
Nota 5/5

"É preciso proteger as lâmpadas com cuidado:
um sopro as pode apagar"

Sinopse: Um piloto cai com seu avião no deserto e ali encontra uma criança loura e frágil. Ela diz ter vindo de um pequeno planeta distante. E ali, na convivência com o piloto perdido, os dois repensam os seus valores e encontram o sentido da vida. 

Com essa história mágica, sensível, comovente, às vezes triste, e só aparentemente infantil, o escritor francês Antoine de Saint-Exupéry criou há 70 anos um dos maiores clássicos da literatura universal. Não há adulto que não se comova ao se lembrar de quando o leu quando criança. 
Trata-se da maior obra existencialista do século XX, segundo Martin Heidegger. Livro mais traduzido da história, depois do Alcorão e da Bíblia, ele agora chega ao Brasil em nova edição, completa, com a tradução de Frei Betto e enriquecida com um caderno ilustrado sobre a obra e a curta e trágica vida do autor.

Resenha: O que a gente fala de um livro desse né? Poxa, eu ganhei esse livro tem muito tempo, eu estava no ensino fundamental, começando a pegar gosto pela leitura quando ganhei o livro mas juro, eu nunca li. Preferi sempre os livros da Agatha que meu pai tinha. Quando o SPL veio com a proposta de ler esse livro, não pensei duas vezes antes de tirar ele da estante, tão fininho, li em dois dias!

Que leitura gostosa e cheia de significado né? A viagem que o Príncipe fez pelos outros asteroides antes de chegar à terra são simplesmente fantásticas, conhecendo cada face da vida adulta, os que comandam, os vaidosos, os bêbados, os homens de negocio, os com profissões menos valorizadas, os "professores" e a cada pessoa nova ele percebe que os adultos são cada vez mais estranhos, chatos e sem imaginação.

Difícil mesmo é não comparar esse livro com a realidade. Existem adultos que ainda entendem as crianças, que não perderam a essência da vida. Mas tem outros que se corromperam, perderam a essência e se venderam para a vida adulta, o que é algo triste que precisa ser repensado. Não podemos perder a essência e o brilho no olhar de uma criança.